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Buffon, uma muralha que nem o tempo consegue derrubar

Aos 35 anos e com quatro Copas do Mundo no currículo, o capitão da seleção italiana vem ao Brasil em forma técnica e física de fazer inveja à concorrência


O goleiro Buffon, da seleção italiana, em partida pelas Eliminatórias para a Copa
O goleiro Buffon, da seleção italiana, em partida pelas Eliminatórias para a Copa VEJA

Os 13 de 2013

Quando Gianluigi Buffon vestiu as luvas pela primeira vez para defender a meta da seleção principal da Itália, numa partida de repescagem eliminatória contra a Rússia no inferno branco de Moscou, em 1997, o menino Mario Balotelli esperava o horário do recreio para descobrir se sua mãe tinha colocado maçã ou cannoli na lancheira. Uma década e meia depois daquele batismo de gelo, a muralha segue mais firme do que nunca, erguendo-se como um porto seguro para a nova geração de italianos que toma a Azzurra de assalto. Neste mês, Buffon vem ao Brasil para disputar a Copa das Confederações e conhecer o terreno onde, se tudo correr como o planejado, disputará sua quinta Copa do Mundo, recorde histórico que o colocará ao lado do mexicano Antonio Carbajal e do alemão Lothar Matthaus. Os jovens arqueiros da Itália que não nos ouçam, mas, a continuar no mesmo ritmo, o craque da Juventus ocupará a vaga também na Copa de 2018.

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É bem verdade que, no Mundial da Rússia, Buffon terá 40 anos. Mas a idade – em suas duas pontas – parece ser um fator de pouca diferença para o atleta que começou a carreira como volante e que mudou de posição depois de se encantar com as atuações do goleiro camaronês Thomas N’Kono na Copa da Itália, em 1990. Com apenas 17 anos, o garoto estreou na Série A pelo Parma, equipe com a qual disputou as seis temporadas seguintes e começou a construir sua fama. Em 2001, foi contratado a peso de ouro pela Juventus: 51 milhões de euros, no maior valor já pago por um goleiro até os dias de hoje. Em doze temporadas na Velha Senhora, Buffon viveu o céu – quatro títulos italianos – e o inferno – o rebaixamento depois do escândalo do Calciopoli. Sua reputação como um dos melhores guarda-metas do mundo, contudo, jamais foi questionada, chegando ao auge em 2006, com as atuações na campanha vitoriosa da Copa do Mundo. Nos gramados da Alemanha, o camisa 1 sofreu apenas dois gols em sete jogos – um contra e um de pênalti – e enfileirou incríveis 453 minutos de invencibilidade.

Com a despedida de Fabio Cannavaro, em 2010, Buffon recebeu do atual treinador Cesare Prandelli a faixa de capitão da seleção tetracampeã mundial. Em fevereiro de 2011, superou Dino Zoff como o arqueiro com maior número de atuações pela Nazionale; atualmente, com 126 jogos, só perde para Cannavaro, que tem 136. E é questão de tempo que Gigi, como é chamado em sua terra natal, ultrapasse o capitão do tetra. Prandelli considera crucial a cancha do veterano para balancear o processo de renovação da Itália. Mas suas convocações não devem ser creditadas apenas à experiência: Buffon segue fechando o gol na Juventus, tendo nas duas últimas temporadas suas melhores médias de tentos sofridos nos últimos cinco anos. Sorte dos italianos, azar dos atacantes adversários, que continuarão se sentindo pequeninos diante de um paredão que nem o tempo consegue derrubar.

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No Parma

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Na Juventus

Na seleção italiana

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