Após derrota, planejamento do judô masculino será revisto
Equipe masculina foi derrotada pela Alemanha justo na estreia no Mundial por Equipes, no Rio
A derrota da equipe masculina de judô para a Alemanha, logo na estreia do time no Mundial por Equipes, neste domingo, no Rio de Janeiro, irritou a Confederação Brasileira de Judô (CBJ). Sem esconder o incômodo com o resultado, o coordenador técnico da seleção criticou duramente o time e afirmou que o desempenho, aliado a uma participação pífia nas chaves individuais, encerradas sábado, faz com que todo o planejamento tenha que ser revisto.
A CBJ considerava a fácil a chave da disputa por equipes, acreditando que o Brasil tinhas boas chances de classificação para a final, o que não aconteceu. “Mesmo aqueles que ganharam lutas (Victor Penalber e Charles Chibana) ganharam com muita dificuldade. Não era para ter essa dificuldade. Hoje (domingo) os atletas não corresponderam”, disse Ney, que também criticou pontualmente o desempenho de Bruno Mendonça, da categoria até 73kg: “Ele não lutou. Era ponto certo”.
O coordenador tirou o peso da derrota das costas de Rafael Silva. Medalhista de prata no peso pesado (única conquista do time masculino no Mundial), Baby foi derrotado pelo alemão Andreas Toelzer, a quem havia vencido na semifinal da chave individual. “Simplesmente não era para precisar do ponto do Rafael”, observou Ney, lembrando que o alemão foi vice-campeão nas últimas duas edições do Mundial e é o quarto do ranking.
O porta-voz da CBJ paralisou uma reunião com os atletas para falar com a imprensa e expor publicamente alguns pontos do que estava sendo discutidos internamente. “Metas são para ser cumpridas e eles não cumpriram. Cada um tem que fazer os eu papel. Nós fizemos o nosso. Eles (atletas) estão levando bronca sim”, contou.
Ele negou a possibilidade de o resultado ter sido um “vexame”, mas avisou que muita coisa vai mudar daqui para frente. “Precisamos corrigir o trabalho, ver o que foi feito errado. Temos que replanejar o masculino, dar uma parada, reavaliar.”
(Com Estadão Conteúdo)