Com eventual camisa vermelha, Brasil pode repetir o que equipes tradicionais como Itália, Alemanha e Holanda já fazem há muitas décadas
A possibilidade da seleção brasileira adotar uma camisa vermelha como uniforme visitante a partir de março de 2026 causou alvoroço nas redes sociais nos últimos dias. O novo modelo seria fruto de uma colaboração entre a Nike, fornecedora de material esportivo da Seleção desde 1996, e a Air Jordan. Até o momento, a CBF não confirmou oficialmente a informação publicada pelo portal Footy Headlines.
Vale lembrar que recentemente o Brasil disputou um amistoso contra a Espanha usando uma camisa preta, em uma ação pontual como parte de uma campanha antirracista. Desde a Copa do Mundo de 1954, a seleção tem o amarelo como cor predominante do uniforme principal e o reserva azul se tornou um ícone com a conquista do Mundial da Suécia em 1958. Outras cores, como verde, cinza, laranja e até mesmo vermelho, são utilizadas apenas nos uniformes dos goleiros.
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A escolha de cores que fogem à bandeira nacional não seria uma exclusividade do Brasil. Seleções tradicionais como as tetracampeãs mundiais Alemanha e Itália também atuam com cores diferentes por motivos históricos ou culturais. Confira alguns exemplos:
Apesar do preto, vermelho e amarelo estarem presentes na bandeira da Alemanha, a seleção joga tradicionalmente com uniformes brancos e pretos. Essa escolha remonta às cores da Prússia, um antigo estado que teve papel fundamental na unificação alemã. A preferência pela simplicidade e tradição mantém essas cores como identidade da equipe.
Tony Kroos, ex-jogador da Alemanha. Foto: Instagram/DFB
As cores verde e amarelo são as cores esportivas nacionais da Austrália, inspiradas na folhagem da acácia, uma planta nativa do país. Mesmo não estando na bandeira australiana, essas cores são amplamente utilizadas pelas seleções esportivas como símbolos nacionais.
Mathew Leckie, jogador da Austrália. (Foto: Divulgação/Seleção Australiana)
O laranja é uma homenagem à Casa de Orange-Nassau, a família real dos Países Baixos. A cor tornou-se um símbolo nacional e uma tradição no país. Por isso, a seleção holandesa é conhecida mundialmente por seu uniforme alaranjado tão marcante em campo e nas arquibancadas.
Memphis Depay, camisa 10 da Holanda. Foto: Instagram/@memphisdepay
Apesar de sua bandeira Tricolore, em vermelho, branco e verde, a Itália é conhecida como a Azzurra. A tradicional camisa azul é uma referência à Casa de Savóia, a antiga família real do país. O tom foi adotado como símbolo nacional e é usada por diversas modalidades esportivas italianas.
Destiny Udogie, jogador da Itália. Foto: Instagram/@azzuri
Apesar da bandeira japonesa ser branca com um círculo vermelho no centro, a seleção nacional joga com uniforme azul em razão de uma vitória histórica, sobre a Suécia, nos Jogos Olímpicos de Berlim-1936. O uniforme pertencia a uma universidade local e, por ter dado sorte, permaneceu para sempre na equipe. Assim surgiu a alcunha dos “Samurais Azuis”.
Yoshida, zagueiro do Japão. Foto: Divulgação/ JFA
Apesar da bandeira ter as cores amarelo, azul e vermelho, a seleção venezuelana joga com uniforme vinho e por isso é conhecida como La Vinotinto. Há diferentes versões para a escolha. Uma delas dá conta de que a mistura as cores da bandeira resulta em grená. A hipótese mais aceita, porém, dá conta de que em 1938, durante os Jogos Centro-americanos e do Caribe, sua primeira competição oficial, a Venezuela aceitou vestir a camisa Guardia Nacional na cor vinho e assim seguiu desde então.
Soteldo, camisa 11 da Venezuela. Foto: Ernesto Guzmán Jr/EFE
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