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Endrick lembra Abel e refuta pressa por titularidade: ‘Não pulo etapas’

Apesar de bom desempenho nos últimos amistosos, atacante ainda não se vê entre os 11 de Dorival e diz esperar 'no tempo de Deus'

O atacante Endrick assegurou não ter pressa para conquistar a titularidade da seleção brasileira. Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, 21, no hotel Meyer & Renee Luskin Convention Center, na Ucla (Universidade da Califórnia em Los Angeles), o camisa 9 lembrou dos conselhos do técnico Abel Ferreira e disse que não quer pular etapas, apesar do bom desempenho desde o início do ciclo com Dorival Júnior.

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“Só Deus sabe. Agradeço muito a Deus por ter tido um treinador como o Abel, que sabia o tempo de me colocar. Já falei: sou cristão, então é tudo no tempo de Deus. E no tempo do professor Dorival também. Fico na minha, trabalhando e esperando no tempo de Deus. A seleção é maior que todo mundo, ninguém precisa querer pular etapas, ultrapassar o Brasil. Está tudo certo, seja como for só quero ajudar dando dicas, ajudando na resenha, criando um clima bom. Repetindo: vou esperar no tempo de Deus e do Dorival. Agradeço a ele por ter me convocado, por ter confiado em mim. É um treinador espetacular, está fazendo a melhor coisa para o Brasil. Não fará o melhor para o Endrick, para o Vini ou para o Rodrygo, mas para o Brasil”, iniciou dizendo.

Questionado se teria preferência por posicionamento no ataque, ele completou: “Eu quero jogar, cara. Quero ajudar do jeito que for: como meia, como atacante… onde ele ver que posso ajudar o Brasil. A gente conversa todos os dias. Fico feliz de estar dentro, são jogadores espetaculares. São atacantes de alto nível que tem capacidade de estar no time titular. Tive um treinador, o Abel, que colocou na minha cabeça muitas coisas neste sentido, que não tem 11 titulares. É espero no tempo de Deus, sempre vou trabalhar. Quero ajudar o Brasil seja como for”.

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Segundo estatísticas do site Ogol, Endrick soma 144 minutos com a camisa da seleção. Foram seis jogos, com três gols marcados, mas todos eles entrando no decorrer das partidas.

Desde o início do trabalho de Dorival, o jogador balançou as redes em três das quatro oportunidades: nas vitórias diante de Inglaterra e México, além do empate contra a Espanha. Ele só passou em branco no empate com os Estados Unidos, quando atuou 25 minutos.

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As lições citadas por ele com relação ao técnico português são apoiadas pelo longo período que passou na reserva. À PLACAR, em fevereiro, o jogador contou ter se sentido abalado na época, mas que uma conversa decisiva com o treinador o ajudou a retomar o foco. Ele ficou entre abril e outubro fora do time titular.

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“Ele (Abel Ferreira) tem uma filha da minha idade, então sabe muito bem como estou e como estava no tempo em que chegou em mim [para conversar]. Ele perguntou porque viu que realmente eu não estava feliz. Tocou no assunto de ter uma filha da minha idade e que sabia como era. Viu que não estava indo muito bem nos treinos, me sentia um pouco abalado . Sempre esteve do meu lado, não só quando subi ao profissional, mas em todos os momentos. Quando eu fiz os meus dois primeiros gols no dia seguinte ele chegou [ao CT] falando para eu ficar tranquilo. Então, em todos os momentos esteve comigo. É muito bom tê-lo como meu primeiro treinador”, explicou na ocasião.

Em 2023, Endrick viveu um jejum de 12 jogos até o primeiro gol, marcado na primeira final do estadual diante do Água Santa, em Barueri. A seca foi contabilizada – e noticiada – em larga escala pela imprensa local e espanhola. A volta por cima foi construída após a eliminação para o Boca Juniors, na semifinal da Libertadores.

Nesta temporada, ele soma quatro gols, duas assistências e 22 partidas pelo Palmeiras. Com 17 anos, é o jogador mais jovem entre os 26 convocados para a competição continental.

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