Aos 39 anos, Cristiano Ronaldo bateu mais uma marca de respeito na carreira. Capitão e titular da seleção de Portugal nesta quinta-feira, 5, ele deixou sua marca e chegou aos 900 gols como jogador profissional na partida diante da Croácia, pela rodada inaugural da Nations League, no Estádio da Luz, em Lisboa.

‎Siga o canal PLACAR no WhatsApp e fique por dentro das últimas notícias

CR7 acumula 769 gols em 1.025 jogos por clubes, além 131 bolas na rede em 213 aparições pela seleção portuguesa. Um total de 900  gols em 1.240 partidas.

Em 2007, há 17 anos, PLACAR já destacava o craque como um dos melhores do mundo. À época, a edição publicada em junho de 2007 já apontava que, dos três Ronaldos (Gaúcho, Fenômeno e Cristiano), o que mais tinha chances de vencer o Ballon D’or era o português.

A condecoração da revista francesa France Football foi entregue ao brasileiro Kaká, então no Milan. Cristiano Ronaldo ficou com a segunda colocação, mas faturaria o prêmio no ano seguinte.

Em 2008, ele foi eleito o melhor jogador do planeta pela primeira vez, iniciando uma das maiores rivalidades da história do futebol. Ronaldoa inda ganhou em 2013, 2014, 2016 e 2017.

Confira o início da trajetória de Cristiano Ronaldo em texto de Rafael Maranhão.

Ronaldo III

Esqueça o Gaúcho e o Fenômeno. Se há um Ronaldo com chance de ser eleito o melhor do mundo em 2007, ele atende por Cristiano. E não é brasileiro

Rafael Maranhão

Ser o melhor Ronaldo do futebol mundial não é o mesmo que ser o maior jogador do mundo. Mas quase. Um em cada três prêmios da Fifa de craque do ano é entregue a um craque com esse nome. Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro ainda não levou o dele, mas parece que só Kaká poderá impedi-lo este ano. Mais que gols e títulos, o que o Ronaldo número 1 do futebol atual fez nesta temporada foi substituir seu homônimo gaúcho na tarefa de encantar. Quando o Brasil enfrentou Portugal em Londres, no início de fevereiro, havia mais torcedores no hotel dos portugueses que no dos brasileiros. Por ele. O fato de Cristiano Ronaldo atuar no futebol local, claro, fez diferença. Mas, seis meses antes, se ingleses estivessem reunidos à sua espera, teria sido para vaiá-lo e ofendê-lo.

O atacante do Manchester United foi apontado pelos tablóides como o culpado por mais um fracasso do English Team. Por um piscar de olhos. Portugal eliminou a Inglaterra nas quartas-de-final da Copa e Wayne Rooney foi expulso por pisar no zagueiro Ricardo Carvalho na frente do árbitro. Ronaldo, que vinha tentando irritar Rooney o jogo inteiro, apareceu em seguida dando uma piscada de olho para seu banco de reservas. E coube a ele fazer a cobrança que eliminou os ingleses nos pênaltis. No jogo seguinte, contra a França, o português era vaiado a cada toque. Mas foi um dos melhores em campo. Ele chegara à Copa ainda sofrendo pela morte do pai, José Dinis, em setembro de 2005, e por uma falsa acusação de estupro em Londres. Saiu do Mundial perseguido por jornais sensacionalistas. Desde então, jogou como nunca. Se lembra Ronaldinho pela facilidade do drible, mostrou um poder de superação digno do Ronaldo Fenômeno.