A Justiça de São Paulo acatou nesta sexta-feira, 27, o pedido da defesa das jogadoras do River Plate presas no último dia 20 por atos de injúria racial em partida contra o Grêmio, no Canindé, e lhes concedeu liberdade provisória. As atletas Camila Duarte, Candela Diaz, Juana Cangaro e Milagros Diaz deixaram a Penitenciária Feminina de Sant’Ana, na capital paulista, no início da tarde.
A liberdade provisória foi concedida pelo juiz de plantão Fernando Oliveira Camargo, que condicionou a decisão à permanência das jogadoras argentinas no Brasil e o comparecimento mensal em juízo para justificar suas atividades, de acordo com o site do jornal O Globo. O processo que corre contra elas na Justiça segue normalmente.
Para que a liberdade seja mantida, as quatro jogadoras terão um prazo de cinco dias para realizar um depósito de R$ 25.000 em favor do gandula contra quem cometeram atos racistas.
Reportagem do diário argentino Olé destaca que as jogadores do River ainda “não têm luz verde para retornar imediatamente à Argentina”. O setor jurídico do River informou que as atletas precisarão passar mais alguns dias em São Paulo, aguardando uma nova apresentação, mas celebrou o fato de agora poderem se comunicar com seus familiares.
O diário argentino ainda informa que “não estão claras as condições para a liberação dos jogadores, se eles terão permissão para deixar o Brasil ou se terão que ficar até a conclusão do processo judicial”, e que o recesso judicial até 6 de janeiro tende a desacelerar o processo.
A defesa das atletas argumenta que os atos racistas foram uma “retaliação” a um dos gandulas que teria tocado seus órgãos genitais durante uma discussão com as atletas na partida diante do Grêmio, no Canindé, no último dia 20. O River Plate emitiu nota de repúdio contra atos racistas, mas considerou as prisões excessivas.
Como foi o ato de injúria racial das atletas do River
A partida entre Grêmio e , na última sexta-feira, 20, válida pela Brasil Ladies Cup, terminou de forma lamentável. Em confusão com seis expulsões da equipe argentina, e caso de racismo com o gandula, o Tricolor Gaúcho forçou paralisação e a equipe argentina foi eliminada WO (3 a 0) no estádio do Canindé.






