Filipe Luís estreou com vitória em sua trajetória como técnico da equipe principal do Flamengo, 1 a 0 diante do Corinthians, na semifinal da Copa do Brasil 2024. Ex-jogador de sucesso, ídolo do clube, jovem e muito bem articulado, o novo treinador rubro-negro guarda semelhanças com o chefe do título mundial de 1981, Paulo César Carpegiani, que naquele mesmo ano realizou a transição do campo para a prancheta. Os arquivos de PLACAR mostram uma notável convergência no discurso de ambos os novatos, numa viagem no tempo de 43 anos.
Em sua primeira entrevista como treinador efetivo, Filipe Luís, que conquistou 10 títulos como lateral-esquerdo do Flamengo entre 2019 e 2023, disse que a amizade com boa parte do grupo não afetará sua conduta profissional. “Tem os prós e contras. Conheço esse grupo como ninguém, chegaram quatro ou cinco desde que me aposentei, então conheço todo o grupo. Sei que vou tomar decisões que vão incomodar alguns jogadores, alguns deles vão ficar bravos comigo… não com o Filipe Luís pessoa, mas com o treinador. É importante separar isso.”, afirmou o ex-jogador em entrevista no Ninho do Urubu.
Na edição de PLACAR de 6 de fevereiro de 1981, quando já ensaiava sua aposentadoria como volante e os primeiros passos como técnico rubro-negro, Carpegiani afirmou: “Olha, não teria medo de barrar um ex-companheiro só porque ele é meu amigo. Se é meu amigo, há de compreender. Quem não compreender, é porque não é meu amigo. E, neste caso, aplique-se a lei do profissionalismo.”

Paulo César Carpegiani, técnico do Flamengo, – Ignacio Ferreira/PLACAR








