Gabiru no CSA, Biro-Biro no Remo e mais achados das Edições dos Campeões
Na década de 90, revista de colecionador de PLACAR eternizou passagens vitoriosas e inusitadas de estrelas do futebol brasileiro; relembre

O ano está chegando ao fim e nesta semana PLACAR deu sequência a uma longa tradição ao lançar a Edição dos Campeões de 2024, já à venda em nossa loja no Mercado Livre e em breve nas bancas de todo o país.
De carona, o blog #TBT PLACAR, que todas as quintas recupera um tesouro de nossos arquivos, vasculhou Edições dos Campeões da década de 1990 e se deparou com passagens inusitadas de grandes jogadores. Você sabia que Biro-Biro, ídolo corintiano foi campeão paraense pelo Remo? E que Adriano Gabiru, herói do título mundial do Inter levantou taças alagoanas pelo CSA?
Adriano Gabiru no CSA
Antes de brilhar pelo Athletico-PR, pelo qual foi campeão brasileiro em 2001, e especialmente pelo Inter, pelo qual marcou o gol do título mundial diante do Barcelona em 2006, Adriano Gabiru brilhou pelo Azulão de sua cidade natal, Maceió. O meia-atacante, então com 19 anos, foi um dos destaques do título alagoano do CSA em 1997. Curiosamente, ele teve como companheiro na campanha o meia Deco, que se consagraria na Europa e na seleção portuguesa, e seria seu adversário pelo Barça no Mundial de 2006. O meia luso-brasileiro, porém, não aparece no pôster de campeão, pois já havia deixado o elenco do CSA.
Biro-Biro no Remo
Ídolo histórico do Corinthians entre as décadas de 1970 e 1980, Biro-Biro vivia o fim de carreira em Belém e, ainda com suas longas madeixas, participou da campanha do título paraense do Remo em 1993.
Washington no Santa Cruz
Ainda no ano de 1993, o Santa Cruz foi campeão pernambucano com outro grande ídolo em fim de carreira. Aos 33 anos, Washington, um dos grandes atacantes da história do Fluminense, que formava o “casal 20” com Assis na conquista do Brasileirão de 1984, era o capitão da Cobra-Coral.
Caio Júnior e Ricardinho no Paraná
Na Edição dos Campeões de 1997, dois nomes bastante conhecidos brilharam pelo campeão estadual Paraná Clube. O atacante era Caio Júnior, que anos depois brilharia também como treinador, até sua trágica morte no acidente aéreo da Chapecoense, em 2016. Já o meia Ricardinho, multicampeão em grandes clubes do país e pentacampeão com a seleção em 2002, era a revelação do time. No seguinte, ele seria um dos destaques do título brasileiro do Corinthians.
Bebeto no Vitória
No mesmo ano de 1997, Bebeto, um dos heróis do tetracampeonato em 1994, foi campeão baiano pelo Vitória. Natural de Salvador, o lendário atacante retornou ao time que o formou como grande contratação do Leão, que à época contava com o aporte do Banco Excel. No ano seguinte, Bebeto seria novamente titular do Brasil na Copa de 1998 na França.
Zé Carlos na Matonense
Quem também esteve no Mundial da França em 1998, de forma surpreendente, foi o lateral-direito Zé Carlos. Convocado por Zagallo após uma boa temporada no São Paulo, o jogador se destacou pela Matonense na campanha do título da Série A2 de 1997. Em 2024, Zé Carlos morreu aos 55 anos, de infarto.
Aloísio no Goiás
O atacante alagoano consagrado no São Paulo com o título do Mundial de Clubes de 2005 se destacou primeiramente pelo Goiás, campeão goiano de 1997. Após duas temporadas em Goiânia, Aloísio se transferiu ao Saint-Ettiene, da França.
Jackson no Maranhão
Natural de Codó-MA, o atacante Jackson foi um jogador marcante nos anos 1990, ao brilhar por Sport, Palmeiras, Cruzeiro, entre outros, com convocações para a seleção brasileira no currículo. Em 1993, aos 20 anos, ele foi um dos destaques do título estadual do Maranhão.
Robgol no Maranhão
Dois anos depois, Jackson seguia no time e apareceu no pôster de campeão maranhense ao lado de outra grande revelação nordestina: o atacante paraibano Robson, que se tornaria “Robgol” ao brilhar por Santa Cruz, Bahia e Paysandu. A Edição dos Campeões de 1995 ainda destaca Robson como artilheiro do Maranhense com 15 gols.