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#TBT Placar ícone blog #TBT Placar Toda quinta-feira, um tesouro dos arquivos de nossas cinco décadas de história

Em 2007, Paulo Nobre, o ‘Palmeirinha’, colecionava porcos e sonhava com a presidência

Seis anos antes de assumir o clube do coração para um mandato histórico, piloto de rally apresentou seus hobbies a PLACAR

“Não quero ser presidente do Palmeiras por vaidade: quero fazer diferença.” Paulo Nobre, ou melhor “Palmeirinha”, como era conhecido o então piloto de rally de 39 anos, bem que avisou os leitores de PLACAR sobre os seus planos na edição de agosto de 2007. Quem viu seu rosto pela primeira vez naquela reportagem, no entanto, dificilmente imaginaria o quão marcante seria a gestão daquele ilustre colecionador de porquinhos.

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Na matéria de 2/3 de página assinada pela repórter Ivy Farias, Paulo Nobre, então um dos vice-presidentes do Verdão, contou sobre seus gostos peculiares e posou diante da piscina de sua casa, devidamente estampada com o porco-símbolo de seu carro de competição. Menos de seis anos depois, em janeiro de 2013, ele cumpriria o sonho de se tornar presidente do Palmeiras.

Em dois mandatos, Nobre ajudou a resgatar o orgulho dos torcedores, saneou as contas do clube (emprestou quase 200 milhões de reais, quitados em 2018, sete anos ante do prazo) e conquistou uma Série B, uma Copa do Brasil e o Brasileirão de 2016. Sucedido por Mauricio Galiotte, Nobre se afastou da política alviverde e costuma viajar o mundo para, entre outros hobbies, assistir a partidas de tênis, sempre enrolado na bandeira do Verdão.

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O blog #TBT PLACAR, que todas as quintas-feiras recupera algum tesouro de nossos 53 anos de arquivos, reproduz a reportagem abaixo na íntegra:

JOGADO AOS PORCOS

Para homenagear sua maior paixão, cartola palmeirense entope a casa de suínos

por Ivy Farias

Em 1986, o Palmeiras resolveu admitir o porco como seu segundo mascote — o periquito é o primeiro. Foi aí que o piloto de rally Paulo Nobre, 39 anos hoje e ocupando uma das vice-presidências do clube, começou a colecionar todo tipo de suíno, um hobby para continuar homenageando o time do coração. Amigos e parentes entraram na brincadeira. Todo aniversário, ele diz que ganha no mínimo 20 bichinhos. Soma mais de 1000 em uma sala dedicada à coleção. “Até de pelúcia vale”, diz ele, que tem em casa um porquinho dado por um corintiano e outro por um são-paulino.

“Esses foram de gozação, mas gostei porque a pessoa demonstrou carinho ao se lembrar de mim como um porco palmeirense”, diz Nobre, conhecido como Palmeirinha. Um dos porcos tornou-se o modelo “oficial” e estampa a piscina, o carro de competição e até a panturriIha do fanático. “Este porquinho representa a felicidade. Não é o Brad Pitt, mas está feliz com ele mesmo, está sempre sorrindo e me passa uma paz. Ele é um dos meus ideais de vida”.

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E quais seriam os outros? “O Palmeiras ser campeão é um. O outro é ser presidente do clube. Mas não quero ser presidente por vaidade: quero fazer diferença. Hoje, não acredito que esteja preparado para ser presidente, mas estou me esforçando ao máximo para, um dia, poder estar à altura”, diz o nobre porco.

 

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