Eu podia estar roubando, matando, mas estava no jogo de Gales e Irã
Partida pelo grupo B abriu a segunda rodada da Copa do Mundo do Catar e foi salva por emocionante desfecho no soar do gongo
Minha cobertura de País de Gales e Irã caminhava para um imenso tédio. Me peguei pensando em coisas, por exemplo, em como Gareth Bale mantinha aquele coque samurai sem desmanchar, de tão ruim que estava o futebol praticado no gramado. Porém, essa espécie de primavera árabe do futebol na Copa do Mundo do Catar me pegou no finalzinho.
Assine #PLACAR digital no app por apenas R$ 9,90/mês. Não perca!
Nunca faltou vontade para os iranianos, faltava bola mesmo. Mas os galeses sentiram o calor. Bale bebia mais água que camelo no oásis. A torcida galesa acostumada ao jogo ruinzinho de sua seleção só ficou triste mesmo pela falta da cerveja.
No final, dois gols na base da pressão do Irã. Deu pra sentir no gramado que eles estavam com o tempo da bola nos últimos 15 minutos, chegavam em todas. Não deu outra. Com um a menos, o País de Gales sucumbiu. Os iranianos comemoraram como se não houvesse amanhã, e talvez não haja, mas hoje o Irã venceu. Salvou meu dia e minhas fotos.