Seis jovens técnicos que podem brilhar na Champions League
Competição que reúne lendas da beira do campo também conta com "treinadores-novidade" que geram forte expectativa
A Champions League 2024/2025 começa nesta terça-feira, 17, com a expectativa voltada também para jovens técnicos que prometem brilhar no torneio. Pelo menos seis promissores nomes que vivem suas primeiras temporadas em novos clubes podem surpreender no troféu mais cobiçado do continente europeu.
Em gigantes europeus, Thiago Motta (Juventus), Nuri Sahim (Borussia Dortmund), Vincent Kompany (Bayern de Munique) e Arne Slot (Liverpool) devem ter caminho mais estreito a uma grande campanha.
Já no caso de Vincenzo Italiano, do Bologna, e Brian Priske, do Feyenoord, a situação deve ser mais complicada. Os jovens nomes estão substituindo Motta e Slot, respectivamente, e terão que lidar com essa pressão junto à expectativa por uma boa campanha sem bilionários investimentos.
Thiago Motta (Juventus)
Brasileiro naturalizado italiano, o treinador chegou à gigante equipe de Turim após brilhar no Bologna. Aos 42 anos, Motta se destacou com um modelo de jogo repleto de liberdade posicional, com trabalho da posse desde o goleiro e meio-campo congestionado.
Na Juve, a predileção pelo uso da bola segue, o que faz a expectativa crescer sobre uma equipe vistosa. Com jovens nomes também dentro de campo, o time deve atrair bons olhares e pode voltar às glórias a nível europeu.
Nuri Sahim (Borussia Dortmund)
O ex-meio-campista que marcou história no Borussia Dortmund está de volta. Agora como treinador, Sahim tenta reeditar o sucesso que teve nos campos já em seu segundo trabalho à beira do campo.
Aos 36 anos, o turco foi auxiliar técnico da equipe em 2023/24 na temporada que terminou com o vice-campeonato da Champions League. Agora, como comandante principal, deve escalar uma equipe que utilize bem a posse e a pressão pós-perda.
Arne Slot (Liverpool)
Slot brilhou no Feyenoord em uma jornada que durou entre 2021 e 2024. Agora, a expectativa sobre ele é recolocar o Liverpool nas grandes brigas europeias, ainda que sem poder investir da mesma forma que rivais nacionais e continentais.
Ofensivo, o técnico de 46 anos deve seguir com o DNA de buscar o gol, que já estava no clube durante a passagem de Jurgen Klopp. Assim como o alemão, o holandês arma suas equipes com quatro defensores, três meio-campistas (sendo um mais ofensivo), dois pontas e um homem mais centralizado.
Vincenzo Italiano (Bologna)
Nascido na Alemanha, criado na Itália e constituído como jogador no Calcio, o ex-meia vive crescente trabalhando como treinador. Desde anos no Spezia, com um estilo mais pragmático, ao bom período na Fiorentina, já com um time de maior posse e versatilidade, Vincenzo tenta reeditar o sucesso do Bologna.
O time não tem mais Thiago Motta e aposta em um profissional de 46 anos que não deve romper totalmente com a linha anterior. Entretanto, ainda que o protagonismo dentro de campo não seja descartado, alguns destaques não estão mais presentes, como Riccardo Calafiori e Joshua Zirkzee.
Brian Priske (Feyenoord)
Dinamarquês de 47 anos, o treinador é a esperança para que o “Legado Slot” não seja apagado. Com grandes temporadas passadas no Sparta Praga, da República Checa, ele foi escolhido pelo Feyenoord por ter características parecidas.
Priske se destacou por trabalhar com um time de forte pressão sem bola, trabalhando sua ofensividade com base nisso. Assim como Slot, o dinamarquês deve manter um modelo que recupera a posse no ataque, especialmente pela manutenção de peças importantes como Quinten Timber e Santiago Gímenez.
Vincent Kompany (Bayern de Munique)
A carreira de Kompany à beira do campo havia começado de maneira explosiva. Defensor de sucesso, o belga obteve sucesso no Anderletch, de seu país, e foi campeão da segunda divisão inglesa com o Burnley. Contudo, no ano em que comandou a equipe na Premier League, o rebaixamento na penúltima posição aconteceu.
Ainda assim, sua trajetória, ainda aos 38 anos, ganhou um impulso, com a oportunidade de comandar o Bayern de Munique. Adepto de construções ofensivas desde o goleiro, o ex-zagueiro começou a trabalhar na Alemanha com um time repleto de talento, com Harry Kane e Jamal Musiala sendo referências técnicas.