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Flamengo demite preparado físico após agressão em Pedro

Agressão de Pablo Fernández ao atacante foi confirmada por atletas na delegacia e rubro-negro ainda discute futuro de Jorge Sampaoli; informações são do ge

O Flamengo demitiu o preparador físico Pablo Fernández, então membro da comissão técnica de Jorge Sampaoli. De acordo com as informações do portal ge, o clube rubro-negro tomou a decisão e informou o profissional durante a tarde deste domingo, 30. Além disso, a cúpula da equipe carioca também deve se reunir com o treinador argentino para discutir o episódio e seu futuro.

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Ainda mais cedo, neste domingo, tanto Sampaoli quanto também Pablo Fernández se manifestaram sobre o caso (Pedro já havia soltado uma nota no dia do ocorrido). O treinador argentino revelou não ter “dormido pensando em como ajudar Pedro e Pablo”.

Por último, foi a vez de Pablo assumir culpa: “Eu poderia começar essas palavras de mil maneiras, mas a única que realmente faz sentido é pedir desculpas. Ao Pedro, aos colegas, aos trabalhadores e ao Flamengo… Estive pensando sobre o que aconteceu por horas e gostaria de poder voltar no tempo. Mas não se pode… Definitivamente, se eu tivesse divergências com o Pedro deveria tê-las resolvido em outro momento e de outra forma. Vou tentar fazer isso acontecer. Vou trabalhar para mudar e ser melhor”.

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Episódio de violência

O que era para ser uma noite de festa do Flamengo em Belo Horizonte terminou em caso de polícia. Logo depois da vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG na Arena Independência, o atacante Pedro registrou um boletim de ocorrência por agressão física contra o preparador físico Pablo Fernández no último sábado, 29. Ele acusa o profissional argentino de ter lhe desferido um soco no rosto no vestiário.

O próprio Pedro detalhou o caso em uma postagem no Instagram, na qual também citou seu descontentamento por estar na reserva em boa parte das partidas sob o comando do técnico Jorge Sampaoli. “Eu poderia estar aqui falando dos escassos minutos recebidos nos últimos jogos, mas o que aconteceu hoje foi mais grave do que pode acontecer dentro das quatro linhas. Covardemente, sem motivo e inexplicavelmente, fui agredido, com um soco no rosto, por Pablo Fernandez, membro da comissão técnica do Sampaoli. A covardia física se sobrepôs diante da covardia psicológica que tenho sofrido nas últimas semanas”, escreveu.

“Alguém que se acha no direito de agredir o outro não merece respeito de ninguém. Já passei por muitas provações aqui no Flamengo, mas nada se compara com a covardia sofrida hoje. Que Deus perdoe uma pessoa que, em pleno 2023, acha que uma agressão física possa resolver qualquer problema. Obrigado JESUS pelo ensinamento, dando a outra face. Pai e mãe, obrigado pela educação que me deram”, completou o atleta.

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Segundo informações do ge, por volta de 1h da madrugada de domingo, 30, Pedro foi até o Batalhão da Rotam (Rondas Táticas Metropolitanas da Polícia Militar) junto com seguranças do Flamengo e acompanhado pelo vice de futebol Marcos Braz e um advogado, em uma van. Pablo Fernández também foi ao local, em outro veículo, dar a sua versão do caso.

Em seguida, os envolvidos foram à Central de Flagrantes da Polícia Civil para complementar o registro. Quatro membros da equipe compareceram como testemunhas: o zagueiro Pablo, o atacante Everton Cebolinha, o volante Thiago Maia e o coordenador Gabriel Andreata. O diretor executivo Bruno Spindel também estava presente, de acordo com o ge.

O delegado Marcos Pimenta revelou o início da confusão . “[Fernández] questionou Pedro por não ter aquecido no segundo tempo. Pedro não gostou de ter sido interpelado, disse que não queria fazer o aquecimento e recebeu tapinhas no rosto do preparador. Pedro não gostou e tirou as mãos. Então, o preparador deu um passo para trás e desferiu um soco na face do jogador. Fizemos as oitivas, procedemos o Termo Circunstanciado e vamos encaminhá-lo ao Ministério Público.”

Ainda segundo o ge, o delegado disse que por se tratar de um caso leve, não há mandado de prisão contra Pablo Fernández, ainda que todas as testemunhas tenham confirmado a agressão. O Flamengo ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso, que deixa o trabalho de Jorge Sampaoli em xeque, apesar dos bons resultados recentes.

Pablo Fernández (à dir.) durante treino do Flamengo - Marcelo Cortes/Divulgação
Pablo Fernández (à dir.) durante treino do Flamengo – Marcelo Cortes/Divulgação
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