Carpini tem pior aproveitamento no São Paulo desde Cuca; entenda
Demitido após 18 jogos, treinador terminou passagem no Tricolor com números inferiores ao dos antecessores Fernando Diniz, Hernán Crespo, Rogério Ceni e Dorival Júnior
O São Paulo demitiu Thiago Carpini nesta quinta-feira, 18, e agora busca a contratação dio terceiro técnico no espaço de um ano. Há quase exatos 365 dias, em 19 de abril de 2023, a diretoria do Tricolor Paulista colocava um ponto final no trabalho de Rogério Ceni. Ele foi sucedido por Dorival Júnior, que conquistou o inédito título da Copa do Brasil, mas deixou o clube no início deste ano para assumir a seleção brasileira.
Ex-treinador de Água Santa e Juventude na última temporada, Carpini não convenceu no Morumbis. Nem mesmo o título da Supercopa do Brasil no início do trabalho, diante do Palmeiras, foi capaz de dar a longevidade aguardada ao treinador de 39 anos.
O último compromisso foi uma derrota para o Flamengo, encerrando o trabalho com sete vitórias, seis empates e cinco derrotas, um aproveitamento de 50% dos pontos disputados.
Com esses números, Carpini teve o pior desempenho entre todos os trabalhos iniciados nos últimos cinco anos, desde a breve passagem de Cuca em 2019, com 47,4% de aproveitamento dos pontos disputados.
Desde então, Fernando Diniz, Hernán Crespo, Rogério Ceni e Dorival Júnior se despediram com melhores campanhas.
Relembre o desempenho dos últimos técnicos do São Paulo:
Cuca
Contratado para suceder o breve trabalho de André Jardine – aposta após bom trabalho nas categorias de base, mas demitido com um aproveitamento de 46,6% de aproveitamento e apenas quatro meses de trabalho (curiosamente também desligado em 18 de abril de 2019) -, Cuca não conseguiu ter bom desempenho no retorno ao Tricolor. Ao todo, foram 26 jogos, com nove vitórias, dez empates e sete derrotas.
O trabalho do técnico terminou com 47,4% de aproveitamento. No início da passagem, levou o São Paulo à decisiva do Paulistão, mas foi derrotado pelo Corinthians.
Fernando Diniz
O atual treinador campeão da Libertadores assumiu o São Paulo quando ainda estava longe de ser badalado. Comandou o Tricolor na reta final de 2019 e conseguiu a classificação para a Libertadores.
No ano seguinte e no início de 2021, em meio à pandemia, deixou a equipe na liderança do Brasileirão, mas viu o desempenho cair vertiginosamente e o título escapar. Além disso, levou o time à semifinal da Copa do Brasil.
Foi demitido com 76 jogos: 34 vitórias, 21 empates e 21 derrotas, totalizando um aproveitamento de 53,9% dos pontos.
Hernán Crespo
O ex-atacante argentino assumiu o São Paulo em uma de suas primeiras experiências à beira do campo. Contratado para começar a temporada de 2021, após conquistar o título da Sul-Americana com o modesto Defensa y Justica, teve início vitorioso, com título do Campeonato Paulista sobre o rival Palmeiras.
Contudo, a passagem de Crespo passou a sofrer com críticas durante o Campeonato Brasileiro. O argentino deixou o clube após 53 jogos: 24 vitórias, 19 empates e 10 derrotas, com 57,2% de aproveitamento.
Rogério Ceni
O ídolo retornou ao Tricolor em 2021 para sua segunda passagem como treinador. Respaldado no cargo, enfrentou períodos de altos e baixos. Já em 2022, chegou à decisão do estadual, mas ficou com o vice-campeonato ao ser goleado pelo Palmeiras na decisiva partida. No mesmo ano, também perdeu a final da Sul-Americana contra o Independiente Del Valle.
Depois de início ruim de 2023, deixou o São Paulo no dia 19 de abril de 2023. Fez 107 jogos, venceu 49, empatou 28 e perdeu 30. O aproveitamento foi de 54,5%.
Dorival Júnior
Para substituir a lenda do Morumbis, Dorival viveu uma lua de mel com o Tricolor. Inicialmente, teve boa sequência de resultados e fez boa campanha nos torneios eliminatórios. Terminou a temporada de 2023 com o título da Copa do Brasil. No início deste ano, porém, trocou o clube pela seleção brasileira.
A passagem foi encerrada com 54 jogos, 25 vitórias, 13 empates e 16 derrotas, um aproveitamento de 54,3%.
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