O ano de 2025 será para sempre um marco para Giorgian De Arrascaeta. Anunciado como o novo camisa 10 do Flamengo em forma de “presente de Natal” antecipado pela antiga diretoria ao fim de 2024, o meia-atacante uruguaio fez valer a mudança de número como uma mudança completa de comportamento para superar marcas inéditas na carreira. São 41 participações diretas em gols  – 23 bolas na rede e 18 assistências em 61 jogos.

“Mérito dele, qualidade absurda, extrema. Um jogador que é único, que não perde a ambição, que quer mais e mais. É um grande líder, fala isso todos os dias com a forma de atuar dentro do grupo. É mérito absolutamente dele. E eu, claro, monto a equipe em função do melhor jogador, sempre tento passar todas as facilidades para que ele tenha mais tempo e espaço e que esteja mais perto do gol, onde ele é realmente diferente”, disse o técnico Filipe Luís, ao ser questionado sobre o que havia mudado no posicionamento do jogador para esta temporada.

Em comparação com o ano anterior anterior, a transformação é ainda mais evidente. Embora sempre fundamental nos títulos rubro-negros, sofreu com lesões em 2024, jogou menos e participou com dez gols e dez assistências, metade do que já fez nesta temporada – e ainda há margem para mais.

Filipe Luís orienta Arrascaeta à beira do campo - GILVAN DE SOUZA/FLAMENGO

Filipe Luís orienta Arrascaeta à beira do campo – Gilvan de Souza/Flamengo

O ano é tão fora da curva que supera até mesmo o de estreia pelo Rubro-Negro, em 2019, quando alcançou 18 gols e 19 assistências – que até então era o melhor da carreira.

No décimo ano atuando no futebol brasileiro, seu primeiro clube no país foi o Cruzeiro, entre 2015 e 2018, o jogador aceitou a condição de “pisar mais na área”. Em novembro, se isolou no ranking ao ultrapassar o argentino Doval, que defendeu o Flamengo de 1969 a 1975 e marcou 94 gols. Até o momento, Arrasca já tem 96 em 348 partidas, além de 106 assistências.