Análise: como o Cruzeiro pode encaixar reforços da janela
Em alta no Campeonato Brasileiro, time do técnico Fernando Seabra foi bastante reforçado nesta janela de contratações
Depois de alguns anos de sofrimento, a torcida do Cruzeiro desfruta de um momento bastante promissor. Sexto colocado do Campeonato Brasileiro, o time comandado por Fernando Seabra desde o fim do Campeonato Mineiro vem apresentando um bom futebol e tende a melhorar com a chegada de reforços.
Com a venda da SAF do clube de Ronaldo Nazário para Pedro Lourenço, a capacidade de investimento no elenco aumentou. Até o momento, o clube, que tem a figura do diretor executivo Alexandre Mattos em suas negociações, já fechou sete novos reforços: o goleiro Cássio, o zagueiro Jonathan Jesus, os meio-campistas Walace, Matheus Henrique e Fabrizio Peralta e os atacantes Lautaro Díaz e Kaio Jorge.
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Entre eles, apenas o volante paraguaio Peralta ainda não foi inscrito no BID. Assim, pelo menos legalmente, Fernando Seabra já poderia escalar os outros seis reforços. Contudo, de acordo com o técnico, apenas Cássio já tem condições de atuar, o que adia um pouco a “dor de cabeça” para encaixar as peças em um time que já está entrosado.
Como o treinador Fernando Seabra pode escalar o time com as novas peças:
O Cruzeiro venceu três dos últimos cinco jogos, sendo a fase atual de dois êxitos consecutivos. Mais recentemente, o time tem sido escalado em um esquema com quatro defensores, um volante de contenção, dois meio-campistas de mobilidade, dois pontas e Matheus Pereira flutuando entre as funções de armador e de falso 9 (como na imagem abaixo).
Vale ressaltar que Juan Dinenno, principal centroavante do grupo antes da janela, está em processo de recuperação de uma lesão. Isso também ajuda a explicar a alternativa de um time sem uma referência e deixa em aberto a possibilidade de um sistema com um “9 de ofício” no futuro.
Já com chegada dos novos jogadores, pensando em um estilo sem muita ruptura do modelo de Seabra, que visa trabalhar a bola com rapidez e mobilidade no meio-campo, algumas alternativas são possíveis. Ainda assim, utilizar dois homens centrais no ataque pode causar mudanças bruscas no trabalho.
Em um contexto com a utilização de Cássio (por Anderson) e a entrada de Walace, Matheus Henrique, Lautaro Díaz e Kaio Jorge, o técnico pode usar um 4-2-2-2. Cogitando o cenário em que esses reforços sejam titulares juntos, a imagem abaixo mostra um desenho estimado.
Partindo de um modo de menos mudanças, o Cruzeiro pode manter a estrutura atual no setor central. Além disso, poderia passar a usar um centroavante, que pode ser Kaio ou Lautaro.
Nesse caso, Matheus Pereira, o craque do time, teria o mesmo número de companheiros no meio. Ele, no entanto, teria que se readaptar a não ser o mais avançado na coluna central.
Para manter os dois pontas e escalar um centroavante, Seabra possivelmente precisaria abdicar de um meio-campista. Ou seja, Matheus Pereira teria que ser o terceiro homem.
Nesse modelo, o time pode perder densidade na região central. Por outro lado, seguiria com os dois pontas agudos, tornando o sistema ainda mais ofensivo.
Menos provável, mas também cabível em uma Raposa que trabalha a bola e circula com a posse, o time pode ser mandado a campo com cinco meio-campistas. Nesse caso, as chegadas pelos lados precisam ser compensadas por laterais ou volantes.
Vale ressaltar que Barreal e Matheus Pereira já cumpriram funções pelos lados de campo na carreira. O argentino, canhoto, inclusive tem caído pelo lado esquerdo no atual sistema e poderia ser uma peça para aumentar amplitude.
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