Clube derrota Figueirense por 3 a 1 – com participação efetiva do volante de 36 anos -, mas permanece na zona do rebaixamento, com 23 pontos ganhos
Depois de amargar três derrotas consecutivas – e cair para a penúltima colocação do Campeonato Brasileiro -, o Palmeiras reencontrou o caminho da vitória justamente na estreia de seu novo treinador, Gilson Kleina. Na noite deste sábado, o clube paulista derrotou o Figueirense por 3 a 1, no estádio Orlando Scarpelli, em Santa Catarina – com grande atuação do volante Marcos Assunção, que participou de todos os gols alviverdes.
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O experiente jogador de 36 anos foi o responsável por alçar bolas aéreas a Henrique e Thiago Heleno, autor dos dois primeiros gols da partida, durante os primeiros dez minutos de jogo. Na segunda etapa, após pressão do Figueirense, o time da casa descontou com Aloísio, após bela defesa do goleiro Bruno. Não deu tempo para comemorar. Um minuto depois, Marcos Assunção aproveitou a falha do goleiro Wilson e ampliou o placar.
Apesar do triunfo – o segundo fora de casa durante toda a competição -, o Palmeiras permanece na zona do rebaixamento e soma 23 pontos, ultrapassando apenas o próprio rival da noite, com 22 e ficando a cinco do Flamengo, o primeiro clube fora do grupo do descenso. No próximo sábado, o clube paulista recebe a Ponte Preta, ex-clube de Gilson Kleina, no Pacaembu. O Figueirense joga no mesmo dia, quando visita o Vasco, em São Januário.
O jogo: O cenário inicial para o Palmeiras não parecia muito diferente da rodada passada, quando o time começou bem diante do Corinthians, mas rapidamente se descontrolou. Só que, em vez de Luan (que acabou expulso no clássico), Valdivia é quem recebeu cartão amarelo precoce e, apoiado por Henrique, passou a discutir com o árbitro, ainda com quatro minutos.
Mas a sequência da partida, sim, seria diferente. Aos sete minutos, Marcos Assunção cobrou falta da meia esquerda e viu o zagueiro Thiago Heleno desviar de cabeça e colocar a bola entre as pernas do goleiro Wilson, abrindo o placar. Um gol que tiraria muito do peso com o qual os atletas vêm carregando – neste domingo, deixaram o vestiário e subiram o gramado de mãos dadas.
Três minutos depois, em outra falta cobrada com o calibrado pé direito de Assunção, Henrique subiu mais do que Wilson e também usou a cabeça para colocar a bola na rede pela segunda vez. Em tão pouco tempo, uma história completamente distinta das rodadas em que o time jogava ao menos razoavelmente bem sem fazer gols.
Com a boa vantagem construída, o Palmeiras passou a se expor menos no ataque e levou sustos. O primeiro foi aos 12 minutos, Botti recebeu passe dentro da área e teve liberdade para escolher o canto esquerdo de Bruno como alvo, porém chutar por cima do gol.
Em uma das subidas do Figueirense, saiu ótimo contragolpe iniciado nos pés de Valdivia, que acionou Maikon Leite. O atacante disparou e ganhou de Helder na corrida, mas foi derrubado com falta pelo lateral esquerdo. Os palmeirenses pediam cartão vermelho por se tratar do último defensor da equipe mandante antes de Wilson, porém o goleiro já havia saído de carrinho na bola, fora da área.
Aos 21 minutos, um lance polêmico. Marcos Assunção cobrou falta no ângulo esquerdo de Wilson e correu para comemorar. O árbitro, porém, anulou aquele que teria sido o terceiro gol palmeirense por entender que Valdivia, entre a barreira e a meta, atrapalhou o goleiro Wilson ao ficar pulando.
Os novos sustos dados pelo Figueirense no primeiro tempo foram com Aloísio. O atacante ofereceu rebote a Helder, que, de frente para o gol, chutou por cima. Um minuto depois, ele mesmo desperdiçou chance de diminuir a diferença no marcador, carimbando a trave do Palmeiras ao arriscar arremate de dentro da área.
Pressionado, o time alviverde começou a abusar de faltas e desceu para o vestiário com quatro cartões. Além de Valdivia, advertido antes do primeiro gol, Maurício Ramos, Barcos e Juninho receberam amarelo do árbitro. A equipe também foi para o intervalo já com uma modificação: Correa, que jogava improvisado na lateral direita, saiu machucado para a entrada de João Denoni.
O Figueirense voltou para o segundo tempo com Júlio César no lugar de Túlio. Com menos de um minuto, o atacante só não marcou o primeiro gol dos mandantes porque a defesa desviou cruzamento à meia altura vindo do lado direito do ataque. Aos oito, foi Bruno quem salvou o Palmeiras, espalmando bola difícil no canto esquerdo após desvio confuso de Caio, Botti e Maurício Ramos.
O gol da equipe alvinegra sairia aos 19 minutos. Bem colocado dentro da área, Aloísio pegou sobra em outra boa defesa de Bruno, que, já caído, não conseguiu parar o atacante. A torcida do Figueirense, porém, foi da euforia à lamentação em dois minutos: Assunção aproveitou saída errada de Wilson em cruzamento de Barcos e, com a meta livre, só empurrou para marcar o terceiro tento do Palmeiras.
Foi o tiro de misericórdia do inspirado volante. Apesar de não se entregar e tentar ao menos o empate, o Figueirense não conseguiu furar novamente a defesa do Palmeiras, que ganha novo fôlego, restando 12 rodadas para evitar a segunda queda à Série B.