Torcedor tira R$ 12 milhões do bolso para o São Paulo contratar argentino
Empresário ajudou na contratação do atacante Ricardo Centurión
O São Paulo só conseguiu apresentar o meia-atacante argentino Ricardo Centurión nesta terça-feira porque contou com o suporte financeiro de um torcedor para fechar a contratação. O administrador de empresas Vinicius Pinotti, que trabalha no ramo de cosméticos, investiu 4,2 milhões de euros (12,7 milhões de reais) do próprio bolso para que o clube adquirisse 70% dos direitos econômicos do ex-jogador do Racing.
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O presidente Carlos Miguel Aidar fez questão que Pinotti se sentasse perto de Centurión na apresentação do atleta de 22 anos. “Como torcedor apaixonado, ele nos procurou e ofereceu a sua ajuda. Não somos nem um pouco orgulhosos, então aceitamos de bom grado”, disse o dirigente.
O São Paulo não tem prazo para quitar a dívida com o seu torcedor. “Venho com a proposta de trazer dinheiro barato para o clube. Não estou aqui para trocar uma corda no pescoço por outra. Os juros serão os mesmos do mercado – CDI, renda fixa -, nada mais do que isso”, disse Pinotti. A alegria de Aidar com o empréstimo foi tamanha que ele já pensou até em resgatar antigos grupos que apoiavam o São Paulo, compostos por empresários. “Tivemos casos semelhantes no passado, mas tudo acabou. Agora, com a vinda do Vinicius, queremos reconstruir um grupo de pessoas bem-sucedidas, expoentes em suas áreas de atuação, que estejam dispostas a nos ajudar.”
Arma – Ainda tímido e sem familiaridade com o idioma, o argentino de 22 falou pouco. Centurión, no entanto, não conseguiu fugir de um episódio controverso de sua curta carreira: uma foto na qual aparece com uma arma na mão. Embora aparentemente não se incomode em abordar o assunto, Centurión diminuiu a importância do fato.
“Eu tinha 16 anos no episódio da arma. Foi uma brincadeira, nada importante. São coisas que acontecem na vida. Já é passado. Foi algo errado, mas era somente uma foto. O importante é que estou muito contente no São Paulo.”
Ele ainda surpreendeu ao admitir que gosta de irritar os adversários em campo. “Sou um jogador provocador dentro de campo. É uma característica minha.” No São Paulo, ele enfrentará uma forte concorrência no ataque, que já tem Luis Fabiano, Alan Kardec e Alexandre Pato.
(Com agência Gazeta Press)
