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‘Vai ficar muito feio para a Fifa’, afirma promotor

Marcos Kac cobra da federação envio de informações sobre funcionários credenciados para a Copa do Mundo. Fifa garante que está colaborando

Com a Polícia Civil prestes a chegar ao chefe da quadrilha de venda ilegal de ingressos, que seria um alto quadro da Fifa ou da empresa Match, o promotor do Ministério Público do Estado do Rio que acompanha o caso, Marcos Kac, afirmou, nesta segunda-feira, que a federação não está colaborando com as investigações. Segundo Kac, desde a última quinta-feira foi solicitado à Fifa o envio da lista de credenciados com cargo ou que prestam serviços para a Fifa. Até esta manhã, as informações não tinham sido apresentadas. “Esta é uma informação básica. É impossível a Fifa não ter isso à mão. A Fifa não está colaborando com a investigação”, disse Kac, em entrevista ao site de VEJA.

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No início da tarde desta segunda, a Fifa informou que enviou a relação pedida, inclusive com os números de telefone de todos os funcionários que estão a trabalho no Brasil para a Copa do Mundo. A entidade garantiu que está colaborando com a polícia. De acordo com o promotor, os dados devem ser cruzados com os registros telefônicos da investigação. Segundo Kac, o trabalho de detalhamento das 22.000 horas de gravações telefônicas está em ritmo acelerado e já produziu resultados. “Vai ficar muito feio para a Fifa”, afirmou o promotor.

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Nesta manhã, a Polícia Civil informou ter identificado um alto funcionário – da Fifa ou da empresa Match, que atua como uma agência da federação – que liderou o esquema de venda ilegal de ingressos. De acordo com a instituição, a prisão pode ocorrer “a qualquer momento”.

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Uma reportagem exibida pelo programa Fantástico, da Rede Globo, na noite do último domingo, mostrou que o franco-argelino Lamine Fofana, principal operador dos cambistas, segundo a investigação, telefonou 900 vezes para celulares de trabalho da Fifa nos últimos dois meses. Segundo o dominical, Fofana ia pessoalmente ao hotel Copacabana Palace para negociar os ingressos.

A operação Jules Rimet prendeu, na semana passada, onze acusados de integrar o grupo, com atuação concentrada no Rio de Janeiro e em São Paulo. O Fantástico exibiu um vídeo no qual um integrante do grupo de cambistas oferece dinheiro e ingressos a um inspetor de polícia.

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