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Tite busca soluções para a criação; ainda vale apostar em Coutinho?

Treinador divulgará nesta sexta-feira, 24, a lista de convocados da seleção brasileira para confrontos contra Venezuela, Colômbia e Uruguai

A seleção brasileira tem 100% de aproveitamento em oito partidas das Eliminatórias Sul-Americanas e está, portanto, virtualmente garantida na Copa do Mundo do Catar. A vaga deve deve ser oficializada na próxima data Fifa, na qual a equipe enfrenta Venezuela, Colômbia e Uruguai, a partir de 7 de outubro. A pouco mais de um ano do início do Mundial, no entanto, o time ainda demonstra uma série de fragilidades, sobretudo na criação das jogadas. Tite sabe disso, vem buscando alternativas, e, em breve, deve “testar” um velho conhecido: Philippe Coutinho

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O meia de 29 anos está na pré-lista para a ‘data Fifa’ de outubro, revelou Cléber Xavier, auxiliar técnico da seleção, no podcast 6ª estrela, do GE, dias antes da convocação da próxima sexta-feira, 24. O braço-direito de Tite admitiu dificuldades para encontrar o ataque ideal, citando também o pouco tempo de treino e as circunstâncias incomuns causadas pela pandemia como entraves. E admitiu que o jogador do Barcelona tem boas chances de ser reaproveitado.

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Coutinho sofreu com lesões e com a reserva em seus clubes nos últimos anos, mas segue com moral com a comissão técnica. Seja por histórico, gratidão, qualidade técnica ou mesmo carência de nomes para a função, é intrigante que um jogador com apenas 16 jogos nas duas últimas temporadas seja escolhido para compor a seleção mais vitoriosa do futebol mundial. Tite, no entanto, nunca escondeu sua admiração por “Couto”, como costuma chamá-lo. Em entrevista ao diário espanhol As, no ano passado, o técnico chegou a dizer que o meia precisa ser “mimado“.

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“Coutinho precisa de carinho, de conversa, precisa ser mimado. Sua personalidade é um pouco frágil. Não temos que ser paternalistas, temos que entender a forma de tirar o melhor de cada jogador. Os atletas são diferentes e não podemos tratá-los da mesma forma. Mas é preciso ter equidade no tratamento do vestiário”, relevou. Os elogios aos aspectos técnicos também são constantes. “Ele é criativo na faixa central do campo. Pode fazer uma recomposição pelos lados, mas a capacidade que ele tem, e que nós precisamos tanto dele quanto do Neymar, é essa liberdade criativa”, afirmou Tite em outra entrevista, em outubro de 2020.

Que Philippe Coutinho é habilidoso e decisivo ninguém nega, ainda mais se a referência for aquele meia-armador que encantou a Inglaterra enquanto jogava pelo Liverpool. Brilhante no período pré-Copa da Rússia, o jogador se tornou em um dos mais especiais do mundo, o que rendeu sua ida ao Barcelona em 2018, quando o clube ainda era badalado e continha Lionel Messi e Luis Suárez. Pela seleção, o atleta revelado no Vasco foi essencial no caminho para o Mundial, sendo uma das engrenagens que fazia o time de Tite rodar e encher de esperanças o torcedor.

A agilidade, a capacidade construtiva e os chutes de fora da área – como o que rendeu o gol de empate contra a Suíça, na estreia da Copa do Mundo de 2018 – sempre foram os fortes do jogador. No entanto, sua carreira nunca mais foi a mesma depois da mudança para a Catalunha. Pequenas lesões e a falta de adaptação ao futebol espanhol sabotaram a primeira jornada do brasileiro pelo Barça, o que terminou em um empréstimo para o Bayern de Munique, para a disputa da temporada 2019/20.

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Na Alemanha, Coutinho foi uma espécie de coadjuvante de luxo. Camisa 10, mas reserva durante as fases decisivas, marcou 11 gols e deu 9 assistências em 38 partidas. Ergueu sua sonhada Liga dos Campeões, mas foi “obrigado” a retornar ao Camp Nou. Após um problema muscular na coxa, em dezembro de 2020, o jogador lesionou o menisco do joelho esquerdo e precisou passar por três cirurgias para sanar os problemas na área, o que o deixou de fora dos campos por mais de 200 dias. Desse modo, Philippe atuou apenas 14 vezes (10 como titular) na última temporada, com três gols e duas assistências.

Recuperado após nove meses, o jogador agora carrega a responsabilidade de ser uma das lideranças do primeiro Barcelona pós-Messi. Sua volta aos gramados aconteceu pela Champions League, em derrota para o próprio Bayern de Munique, e a reestreia como titular na última segunda-feira, 20, em empate contra o Granada. A falta de ritmo de jogo e a distância da condição física ideal são evidentes, ao mesmo tempo que a qualidade técnica acima da média também.

Cléber Xavier afirmou que três jogadores convocados recentemente têm uma característica de construção parecida com a de Coutinho: Lucas Paquetá, Everton Ribeiro e Claudinho; todos talentosos, jamais unanimidade. Mesmo com a presença dos citados, a posição é carente e montar o ataque parece a maior dificuldade de Tite, tendo em vista que apenas Neymar é certeza, o que faz que seja impossível descartar o jogador do Barcelona. Ao mesmo tempo, a convocação de um atleta sem ritmo de jogo e parado por meses não parece ser a ideia mais racional. Vale a aposta?

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