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Times históricos: Cruzeiro de 1997

Um ano de altos e baixos, mas com uma conquista para a história

Publicado por: Redação PLACAR em 14/02/2017 às 17:57 - Atualizado em 14/02/2017 às 17:57

A Libertadores de 1997 não começou bem para o Cruzeiro, mas o time de Belo Horizonte se recuperou a tempo e fez uma campanha incrível, conquistando o mais difícil campeonato sul-americano que existe.

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E um grande time começa com um grande goleiro. E ele era Dida, barreira quase intransponível do time mineiro, que antes de brilhar na Europa, já mostrava qualidade no Cruzeiro. Em seu banco, uma das opções do técnico Paulo Autuori era Harlei, que anos depois brilharia no Goiás.

Na lateral, o experiente e campeoníssimo Vítor, após uma passagem no Real Madrid e de ter vencido tudo pelo São Paulo. Na zaga, Célio Lúcio já era um zagueiro com história no Cruzeiro, clube que o revelou,. Chegava duro e encerrava, naquele ano, sua história no clube, que ainda tinha no banco um jovem João Carlos, que anos depois chegaria à seleção brasileira. Já na esquerda, Nonato já atingia o status de ídolo, em seu sétimo ano seguido na equipe, como capitão da equipe em muitas conquistas. No banco, entrando muitas vezes no time titular, ainda para o miolo de zaga, o time ainda tinha Gélson Baresi.

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Na marcação do meio de campo, Fabinho chegava após anos vitoriosos no Flamengo. Ricardinho era o outro volante, com um canhão na perna, além de muita qualidade na saída de bola. Também como segundo volante, Cleison era um jogador de extrema habilidade, mas que abusava da violência em campo. Já o craque da meiúca era Palhinha, já muito campeão no São Paulo, nos anos anteriores.

Fabinho, revelado no rival, ajudou nas conquistas – EUGENIO SAVIO

No ataque, uma legião de bons jogadores. Reinaldo, revelação do rival Atlético-MG, chegava após passagem pelo Palmeiras, mas era opção de banco. Elivélton, campeão por São Paulo, Corinthians e Palmeiras chegava para também conquistar títulos no Cruzeiro, como titular e novamente brilhando ao marcar o gol do título. Aílton, também revelado no rival Atlético-MG, era o outro titular, já com a experiência de ter jogado no Benfica-POR e no São Paulo. No banco, um jovem atacante revelado no rival América, aos 22 anos, chamado de Alex Mineiro, naquela época, só Alex.

Com a Libertadores em andamento, o time ainda recebeu seu artilheiro de sucesso, Marcelo Ramos, após rápida passagem na Holanda, além do experiente zagueiro Wilson Gottardo, que chegou do Fluminense.

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O experiente Gottardo com a taça da Libertadores pelo Cruzeiro – EUGENIO SAVIO

O primeiro torneio daquele ano era o Mineiro,um dos desafios para o treinador Paulo Autuori, que assumiria o time após cinco partidas sob o comando de Oscar, ex-zagueiro que assumira o time no começo de 1997. Na primeira fase do Mineiro, os 12 times se enfrentavam em turno e returno, classificando os oito melhores para as quartas de final.

Palhinha na final do Mineiro, contra o Villa Nova – EUGENIO SAVIO

Nos 22 jogos, foram nove vitórias, oito empates e cinco derrotas, com 34 gols pró e 27 contra, mesma campanha da Caldense, que acabou ficando em segundo pelo saldo de gols. O Cruzeiro foi terceiro, nove pontos atrás do Atlético-MG, que empatou em 1 x 1 com o Cruzeiro no turno e 0 x 0 no returno.

Em terceiro, o Cruzeiro pegaria o sexto, Montes Claros, nas quartas. Com duas vitórias, por 2 x 1 e 2 x 0, o time da capital chegou às semifinais, em que enfrentaria o América, que vencera as duas contra a Caldense nas quartas. Na partida de ida, como visitante, o Cruzeiro venceu por 2 x 1. Na volta, como mandante, derrota por 0 x 1 e vaga na final pela melhor campanha na primeira fase.

A decisão seria contra o surpreendente Villa Nova, que eliminou o Atlético nas quartas e o Social na semifinal. No jogo de ida, derrota por 1 x 2. Na volta, com triunfo de 1 x 0, o Cruzeiro foi campeão pela melhor campanha na fase de grupos.

CRUZEIRO CAMPEÃO MINEIRO DE 1997 – Em pé: Dida, Wilson Gottardo, Célio Lúcio, Fabinho, Vítor e Nonato; Agachados: Palhinha, Ricardinho, Marcelo Ramos, Cleison e Elivélton – Revistas Placar

Naquele primeiro semestre, o time ainda jogaria a Copa do Brasil e seria surpreendido logo na primeira fase, pelo Santa Cruz. Após empate por 1 x 1 no Recife, uma derrota de 0 x 1 no Mineirão eliminaria a equipe do torneio do qual era o atual campeão.

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Contudo, a grande competição daquele ano era a Copa Libertadores. Na primeira fase, um começo péssimo para o Cruzeiro. Ainda com Oscar no comando, derrota no Mineirão para o Grêmio por 1 x 2. Na sequência, jogos no Peru contra Alianza Lima e Sporting Cristal. Com ambos jogos no Nacional de Lima, com Autuori já no comando, duas derrotas por 0 x 1 com três dias de diferença.

No returno, o clube precisaria se recuperar bem para ser um dos três classificados para as oitavas de final. No primeiro jogo, no Olímpico, com gol de Palhinha no começo do segundo tempo, vitória por 1 x 0. Já no Mineirão, vitória por 2 x 0 contra o Alianza Lima, com gols de Reinaldo e Palhinha, e 2 x 1 no Sporting Cristal, com gols de Alex Mineiro e Reinaldo.

Com nove pontos, o Cruzeiro passou em segundo na chave, atrás apenas do Grêmio, campeão brasileiro. O rival nas oitavas de final seria contra o El Nacional. No primeiro jogo, em Quito, derrota cruzeirense por 1 x 0. Na volta, no Mineirão, o Cruzeiro vencia por 2 x 0 até os 45 do segundo tempo, quando Arroyo, de falta, marcou para o El Nacional e levou o jogo para os pênaltis.

Marcelo Ramos voltou para ser campeão da América – ALEXANDRE BATTIBUGLI

Lá foi a vez do goleiro Dida brilhar. Ele defendeu a quarta cobrança do El Nacional, pegando a cobrança de Cléber Chalá, que fez o gol do Equador. Com vitória por 5 x 3, o Cruzeiro chegou às quartas após as penalidades. 

Nas quartas, pelas regras do torneio, o rival seria o Grêmio. E no Mineirão, desta vez, o time da casa venceu por 2 x 0, com gols de Elivélton e Alex Mineiro. No jogo da volta, no Olímpico, Fabinho colocou o Cruzeiro na frente, mas Mauro Galvão e Zé Alcino fizeram 2 x 1 para os gaúchos, resultado insuficiente para derrubar o campeão da Copa do Brasil de 1996.

Contra o Grêmio, no Mineirão, pela Libertadores – EUGENIO SAVIO

Na semifinal, o Cruzeiro enfrentaria o Colo-Colo-CHI. No jogo da ida, no Mineirão, Marcelo Ramos fez 1 x 0 logo no começo do jogo. Na partida de volta, em Santiago, o Colo-Colo fez 3 x 2. Basay abriu o placar. Marcelo Ramos empatou, mas Basay, com dois gols de pênalti no começo do segundo tempo, fez 3 x 1 para os chilenos. Coube a Cleison marcou o segundo do Cruzeiro, levando o jogo para os pênaltis. 

Ricardinho abriu o placar. Aí Dida pegou o pênalti de ninguém menos que Basay, que marcou três gols naquele jogo, sendo dois de pênalti. Donizete Amorim fez 2 x 0 para o Cruzeiro e Dida defendeu a cobrança de Espina, deixando a vaga muito próxima. Fabinho fez para o Cruzeiro e Sierra converteu a única cobrança do Colo-Colo. A vaga ficou nos pés de Marcelo Ramos, que converteu e levou o Cruzeiro para a final.

Balerio sofre o gol de Elivélton na final de 1997 – ALEXANDRE BATTIBUGLI

A decisão seria contra um rival da primeira fase, o Sporting Cristal. O primeiro jogo, em Lima, empate por 0 x 0. Na volta, no Mineirão, com um gol aos 30 do segundo tempo, Elivélton deu o título ao Cruzeiro com vitória de 1 x 0 sobre os time peruano.

Elivélton fez o gol do título da Copa Libertadores de 1997 – RICARDO CORREA

Preocupado com a disputa do Campeonato Mundial de 1997, o Cruzeiro entrou muito relaxado no Campeonato Brasileiro e quase foi rebaixado. Após seis rodadas, Paulo Autori foi demitido deixando o time no torneio com uma vitória, três empates e duas derrotas, uma delas para o Atlético-MG, por 1 x 2 e outra, em casa, para o São Paulo, por 0 x 5, com cinco de Dodô. Em seu lugar, foi contratado Nelsinho Baptista que manteve a campanha ruim do Cruzeiro no torneio, que apesar de duas goleadas de 4 x 0, contra Paraná e Goiás, lutou contra o rebaixamento. Foram seis vitórias, dez empates e nove derrotas nas 25 rodadas disputadas, com 30 gols pró e 35 contra. O time ficou em 20°, a dois pontos do Z4.

A uma rodada do fim, o Cruzeiro chegou a dois pontos da zona de rebaixamento. O empate em 2 x 2 contra o Santos na Vila Belmiro poderia ter rebaixado o Cruzeiro, mas acabou sendo suficiente. Ao fim da 21ª rodada (nem todos os times jogavam todas as rodadas naquela época), com goleada sofrida na Ilha do Retiro, para o Sport por 1 x 4, o Cruzeiro entrou no Z4. Na 22ª, após empate sem gols com o Grêmio no Olímpico, o Cruzeiro chegou a entrar na zona de queda. Antes disso, na 17ª, após derrota para o lanterna América-RN, em Natal, por 1 x 2, o time já fizeram parte dos quatro piores. Na 14ª, rodada em que não jogou, o Cruzeiro também esteve no Z4. Já na 12ª, após goleada sofrida contra o Palmeiras, em São Paulo, por 0 x 4, o time fora vice-lanterna do torneio. Uma rodada antes, após empate sem gols no Couto Pereira contra o Coritiba, o time já estava na zona, algo que já vinha na 9ª e 10ª rodadas, em que o time não jogou.

Cruzeiro campeão da América em 1997 – EUGENIO SAVIO

Na Supercopa daquele ano, no grupo 1, o time jogou contra forte equipes, treinando para o Mundial. Nos dois primeiros jogos, fora de casa, contra Colo-Colo e Boca Juniors, derrotas por 2 x 4 e 0 x 1. Em casa, contra Independiente-ARG e Colo-Colo, triunfos por 2 x 1 e 2 x 0. Em seguida, de novo em casa, contra o Boca, vitória por 2 x 1 e vaga segundo definida na última rodada. Contudo, o Colo Colo, com empate contra o Boca na Argentina, por 2 x 2, ficou com a vaga, enquanto o Cruzeiro, com gol de sua jovem revelação Geovanni, perdera para o Independiente, na Argentina, por 1 x 3, e ficou em segundo na chave, com nove pontos, dois a menos que o Colo Colo.

Cleison, no Mundial de 1997 contra o Borussia – PISCO DEL GAISO

Restava o Mundial de Clubes, contra o Borussia Dortmund-ALE, campeão da Europa. Para a disputa do Mundial apenas, o Cruzeiro trouxe três jogadores com contrato só para a decisão, casos de Gonçalves, zagueiro, e Donizete Pantera e Bebeto, atacantes. Para o Mundial, o time também tinha o bom meia peruano Roberto Palacios, que chegara do Puebla-MEX. Contudo, na final, o time pouco fez contra o compacto futebol dos alemães, que ainda contaram com a expulsão de Vítor aos 21 do segundo tempo. Com gols de Zorc aos 35 do primeiro e Heinrich, aos 34 do segundo, o Borussia conquistou o torneio.

Dida, Célio Lúcio, Gélson, Fabinho, Wilson Gottardo, Marcos Teixeira, Nonato, Vítor e Jean; Palhinha, Ricardinho, Alex Mineiro, Marcelo Ramos, Donizete Amorim,, Tico, Elivélton e Da Silva – Revista Placar
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