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#TBT: há 11 anos, figurava entre as promessas da Copinha um tal de Neymar

Edição de PLACAR de fevereiro de 2009 elencava os principais nomes da competição de base; saiba qual foi o destino dos destaques daquele torneio

Serão definidos nesta quinta-feira 16, os últimos classificados para as quartas de final da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2020. Criada em 1969, a competição para atletas de até 20 anos de idade se consolidou como a principal vitrine para as promessas do futebol brasileiro: desfilaram pelos campos da Copinha craques como Kaká, Robinho, Dida, Cafu, Dener e Djalminha. Há 11 anos, na edição 1327 de fevereiro de 2009, PLACAR apontou os grandes destaques do torneio daquele ano. Entre jogadores que se firmaram como profissionais e outros que desapareceram, já chamava atenção um nome em especial: Neymar.

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A matéria intitulada “Eu sou você amanhã”, assinada pelo repórter Dassler Marques, indicava as revelações daquela Copa São Paulo e comparava as promessas com atletas que eram destaques nos gramados do Brasil e do mundo. O que mais chegou perto de responder à pergunta do subtítulo (Novo Zidane, novo Romário?) foi justamente a joia santista, que vestia ainda a camisa 21. O jogador, na época com 16 anos, aparecia ao lado de outros seis nomes de clubes grandes. A referência de comparação para Neymar naquela época era Robinho, ídolo do Peixe e que tinha acabado de se transferir do Real Madrid para o Manchester City. Inclusive nas criticas: “A fragilidade física e a habilidade para driblar são características comuns à dupla – além da perseguição pela suposta falta de objetividade”, afirmava a reportagem.

PLACAR destacava na edição de fevereiro de 2009 as promessas da Copa São Paulo de Futebol Júnior e descobria craques que vingaram como profissionais – e outros que não tiverem a mesma sorte Arquivo/Placar

Wellington Nem, chamado apenas de Wellington na reportagem, era outro projeto de craque de 16 anos. Naquela época, o então jogador da base do Flu ainda jogava como meia e não segundo atacante, a posição que o consagrou com a camisa do Tricolor carioca, Figueirense e Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. A comparação foi com um jogador da mesma posição: Morais, que jogava no Corinthians. “Depois de Tartá, Roger e Carlos Alberto, as Laranjeiras já têm um novo meia talentoso. Wellington conduz a bola (às vezes até demais) com habilidade e enxerga bem o jogo”, dizia o texto. Wellington Nem teve uma carreira de relativo sucesso, mas depois de passagens apagadas pelo São Paulo e novamente pelo Fluminense, ele retornou sem brilho para o futebol ucraniano.

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O artilheiro e o vice-artilheiro daquela competição também foram contemplados na matéria. E são dois nomes conhecidos, apesar de não terem correspondido totalmente às expectativas. O meia Bernardo fez nove gols com a camisa do Cruzeiro e chegou às quartas de final. Já Henrique Almeida deixou oito bolas nas redes pelo São Paulo semifinalista daquela Copinha. O cruzeirense lembrava Hernanes, porque sabia “passar, marcar, driblar” além de ter “um veneno implacável na perna direita”. O atacante era descrito como alguém “incisivo”, que transpirava gols e não escolhia como fazê-los, assim como Guilherme (ex-Cruzeiro, Atlético-MG e Corinthians).

Sem conseguir se firmar em vários clubes do Brasil, Bernardo foi acusado de agressão por uma ex-namorada em 2015 e não vou a atuar por um clube grande. Foi contratado em novembro de 2019 pelo Volta Redonda e disputará o Campeonato Carioca deste ano. Henrique, por sua vez, foi o melhor jogador do Mundial Sub-20 em 2011, torneio conquistado pela seleção brasileira, mas não conseguiu repetir o sucesso entre os profissionais. Saiu do São Paulo brigado com a diretoria e rodou por equipes do Brasil (Vitória, Sport, Bahia, Botafogo, Coritiba e Grêmio) e da Europa (Granada-ESP, Belenenses-POR e Giresunspor-TUR). Em 2020, o atacante de 27 anos acertou com o Goiás após ser rebaixado com a Chapecoense no último Brasileirão.

Anunciado pelo Athletico para a temporada 2020, Marquinhos Gabriel fez quatro gols com a camisa do Internacional e é mais um jogador que “vingou” da lista. As “passadas largas e rápidas, normalmente direto para o gol adversário”, que faziam dele “a bola da vez nas categorias de base do Inter lembravam um ídolo gremista, Marcelinho Paraíba. Por falar no time paranaense, Athletico e Corinthians fizeram a final da Copinha em 2009 e tiveram um representante cada na lista. Um para cada lado do campo. Raul era o destaque do Furacão pela lateral-direita, enquanto Bruno Bertucci era a válvula de escape corintiana na lateral-esquerda. A força física de ambos era chamariz. Nenhum dos dois teve uma carreira sólida como profissional. Na decisão, vitória dos paulistas por 2 a 1.

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Os dois talentos acabaram na várzea. Literalmente. Raul nunca conseguiu se firmar no Athletico e rodou por clubes do interior do Paraná e de Santa Catarina. Atualmente, joga competições amadoras em Curitiba. Bruno Bertucci passou pelo futebol da Suíça e do Azerbaijão antes de voltar ao país para jogar na Portuguesa em 2015. Com o rebaixamento da equipe no Paulistão, acertou com o Atibaia e foi flagrado em um exame antidoping por tomar uma injeção para tratar de uma lesão. Não voltou a jogar profissionalmente, começou a dar aulas em uma escolinha de futebol e também passou a disputar torneios amadores.

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