Sergio Ramos diz que fica: ‘Jogaria até de graça no Real Madrid’
Zagueiro espanhol confirmou proposta da China, mas disse que desentendimentos com presidente Florentino Pérez foram superados
O zagueiro Sergio Ramos convocou uma entrevista no estádio Santiago Bernabéu nesta quinta-feira, 30, para garantir que não vai deixar o Real Madrid, contrariando recentes notícias divulgadas pela imprensa espanhola. Ídolo e capitão do clube, o defensor assegurou sua permanência e disse que recusou uma proposta milionária de um time chinês. Ramos ainda revelou que seus desentendimentos com o presidente Florentino Pérez, a quem considera um “pai”, foram superados.
“Houve muita especulação sobre meu futuro e queria reiterar meu comprometimento com o clube. Meu relacionamento com o presidente é similar ao de um pai com o filho e claro que essa dinâmica pode ter momentos de conflito. Quem nunca brigou com seu pai? Mas a melhor solução é sentar cara a cara e falar para que terceiros não interfiram. Há muito tempo não falo de contrato nem de dinheiro com Florentino. Não tenho a intenção de deixar o clube e quero me aposentar aqui. Estaria disposto até a jogar de graça”, afirmou.
“Quero passar o resto de meu contrato aqui e deixar qualquer temporada ruim no passado. O dia que eu for embora, gostaria de sair pela porta da frente, ganhando, que é como acredito que eu mereça”, disse. Nos últimos dias, a imprensa espanhola noticiou que Ramos pediu a Florentino para ser negociado e o próprio mandatário chegou a dizer que não liberaria seu capitão de graça.
“A relação não estava como creio que deveria estar, mas em nenhum momento cogitei ir para a China nem pedir ‘carta de liberdade’, como se falou. Entre ter uma proposta e querer aceitá-la há um mundo”, desabafou Ramos. “Isto não é nenhuma estratégia, não quero outra renovação, estou contente com o que tenho e nada mais.”
O zagueiro de 33 anos vai para sua 15ª temporada no Real Madrid. Ele chegou do Sevilla em 2005, quando ainda atuava como lateral-direito. Ramos conquistou quatro títulos da Liga dos Campeões, quatro do Campeonato Espanhol e dois da Copas do Rei pelo clube. Pela seleção espanhola, foi campeão mundial em 2010, na África do Sul, e levou o bicampeonato da Eurocopa, em 2008 e 2012.
“Sou o capitão e me sinto querido e respaldado pelos companheiros. Eles me conhecem e ninguém tinha dúvidas de que eu ia seguir aqui.”
