Time de Dunga se diz confiante antes do clássico. Rivais podem ficar sem astro
Concentrada na China, onde enfrenta a Argentina no próximo sábado, pelo Superclássico das Américas, a seleção brasileira vem sendo submetida a uma rotina intensa de treinamentos – tudo em busca de um entrosamento parecido com o do rival, que manteve a base do grupo que chegou à final da Copa do Mundo. Dunga e seus auxiliares têm tentado explorar ao máximo o potencial dos jogadores em trabalhos físicos e treinos técnicos. O atacante Robinho, que retornou à seleção depois de regressar ao Santos, elogiou a qualidade do plantel. “Acho que o nível dos jogadores desta seleção é altíssimo. Para nós, é ótimo treinar com zagueiros do nível do Gil, do Miranda, do David Luiz. Isso faz com que você pense mais rápido e a qualidade do treino fica melhor. É algo difícil, mas ao mesmo tempo é algo que aumenta a sua capacidade, que exige mais. Você evolui”, explicou.
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Titular da zaga brasileira e um dos pilares da reconstrução da equipe depois do fracasso na Copa, David Luiz também elogiou a entrega dos companheiros nos treinos. “O jogo é reflexo do treino e todos os jogos em que o Brasil entra, tem de entrar para ganhar. Estou feliz porque vejo um grupo que vem treinando muito forte desde os últimos amistosos e está com a mesma vontade de ganhar as partidas”, avaliou. O goleiro Rafael Cabral também se disse motivado em estar na seleção – no caso dele, principalmente por trabalhar com o preparador Taffarel. “É espetacular ter essa oportunidade de vestir a camisa do Brasil e trabalhar com o Taffarel, que para mim foi o goleiro que mais fez história na seleção brasileira. Nasci em 1990 e cresci no futebol vendo Taffarel jogar. A oportunidade de trabalhar com um goleiro que já disputou três Copas, ouvindo dicas e trocando experiências com ele, é algo muito especial.”
Messi poupado – Se entre os brasileiros o clima é de confiança antes do Superclássico, na delegação rival existe uma preocupação de última hora. Lionel Messi saiu mais cedo do treino da Argentina nesta quinta, em Pequim. O craque do Barcelona deixou o gramado no meio da atividade, depois de colocar a mão na coxa esquerda em duas ocasiões. Messi, no entanto, aparentava ter sentido apenas um incômodo e, pelo menos por enquanto, segue entre os prováveis titulares da Argentina para sábado. Ao lado de um integrante da comissão técnica da Argentina, o atacante caminhou até os vestiários do Olympic Sports Center Stadium, mesmo local de treinamento da seleção brasileira. Depois, quando já se dirigia ao ônibus da delegação, Messi andou sem apresentar nenhuma dificuldade e até sorriu para os jornalistas. O craque não parou para atender a imprensa e não foram dadas explicações sobre sua situação.
O técnico Gerardo Martino comandou quatro sessões de treino contra um time das categorias de base do Beijing Guoan, clube do atacante Zizao, ex-Corinthians. Enquanto os titulares jogavam diante dos chineses em uma parte do campo, os reservas treinavam passes e finalizações na outra. Depois, o treinador inverteu a atividade dos grupos. Messi disputou apenas uma sessão e deixou o campo. Higuaín foi o seu substituto. Pelo que se viu no treino desta quinta, a Argentina deve enfrentar o Brasil com uma linha de frente de peso, formada por Di María, Pastore, Agüero e Messi. O treinador mudou o esquema tático utilizado na vitória por 4 a 2 sobre a Alemanha, em amistoso realizado no mês passado, e escalou os titulares com três alterações em relação ao time que atuou naquela partida: saiu um meia (Enzo Perez) e entrou um atacante (Messi). No meio, Pereyra ficou com a vaga de Biglia, cortado por lesão, e Pastore ganhou a disputa com a Lamela.
(Com agência Gazeta Press e Estadão Conteúdo)