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Secretário-geral da CBF reclama de críticas: ‘Só apanho’

Em Brasília, ex-deputado Walter Feldman disse que “em nenhum momento faço crítica à liberdade de imprensa, mas a liberdade de imprensa não pode ser somente para destruir”

O ex-deputado Walter Feldman, secretário-geral da CBF, reclamou nesta quinta-feira das críticas que a instituição tem recebido, em audiência pública na Câmara dos deputados para debater a MP 671, que estabelece regras de responsabilidade fiscal para o futebol brasileiro. Ele disse estar há apenas 20 dias no cargo e que desde então “só apanha”. “Em nenhum momento aqui faço crítica à liberdade de imprensa, mas a liberdade de imprensa não pode ser somente para destruir.”

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Ele disse ainda que “em qualquer governo, a oposição espera 100 dias para começar as críticas contumazes e ferozes. A nós não foi permitido nenhum dia, nada. (…) Apanho por estar hoje ao lado dos dirigentes do futebol brasileiro. Não há nem um momento de complacência, um período de adaptação. É imediato.”

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Médico por formação, no ano passado Feldman, de 61 anos, foi o coordenador da campanha de Marina Silva à presidência da República, e começou no cargo oficialmente assim que o presidente Marco Polo Del Nero assumiu o mandato, na metade de abril. “Estou aguardando algum elogio, alguma manifestação, algum agrado em relação pelo menos a alguma medida positiva que os dirigentes do futebol brasileiro estão fazendo. Os problemas do futebol são muitos. É equívoco direcioná-los à qualidade dos dirigentes. Os problemas são muito mais profundos”, disse Feldman.

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Segundo ele, “a seleção brasileira vai bem”, mas os críticos apenas fazem menção à derrota do Brasil para a Alemanha, por 7 a 1, na Copa do Mundo de 2014. “Destruir um patrimônio como o futebol não faz bem para o Brasil. O futebol brasileiro não explodiu, não explodirá. Há movimentos de implosão.” Feldman anunciou que Del Nero pretende lançar um site para que torcedores contribuam com sugestões para melhorar o futebol brasileiro.

MP – Em sua participação na audiência para “debater as medidas e propostas para a modernização da gestão e a responsabilidade fiscal das entidades desportivas profissionais no Brasil”, Feldman considerou a MP 671 publicada em março uma “intervenção”. “Há uma independência e autonomia na Constituição e na legislação brasileira que permitem que as entidades criem os seus sistemas de modernização, de absorção de novos elementos. Não será através de uma intervenção. Temos balizados fundamentos jurídicos, constitucionais, que levam a crer que a MP tem rasgos dramáticos de inconstitucionalidade que não podem aqui ser admitidos.”

(Com Estadão Conteúdo)

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