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Ronaldo: pintura de rua inspirou a conquista do penta

Vídeo mostrado por Felipão antes da decisão contra a Alemanha, em 2002, ajudou jogadores na conquista do título mundial

O ex-atacante Ronaldo relembrou toda a sua carreira no futebol, desde quando era uma criança até a despedida, no Corinthians, em texto para o site The Players Tribune. Ao falar sobre a conquista mais importante, a Copa do Mundo de 2002, o ex-jogador de 40 anos citou a importância do técnico Luiz Felipe Scolari e comentou como pinturas de rua ajudaram na conquista do penta.

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Ronaldo iniciou o texto falando de sua infância, durante a Copa de 1982, no bairro de Bento Ribeiro, no Rio de Janeiro, na época em que pintava as ruas com as cores da seleção de Zico e sonhava em ser um grande jogador de futebol. Em 2002, uma surpresa aos jogadores os inspirou para a conquista do penta.

“Quando nós entramos no vestiário antes do jogo, nosso técnico, Luiz Felipe Scolari, tinha algo para nos mostrar na televisão. Nós meio que nos entreolhamos, sem saber ao certo o que estava por vir. Um aparelho de TV nos vestiários não era uma coisa comum. Ele ligou a TV e era uma gravação da Globo. Nós não conseguíamos assistir às notícias do nosso país porque estávamos jogando no Japão, então, era a primeira vez que nós víamos e ouvíamos informações do Brasil. Mas não era uma transmissão qualquer. Naquele programa, eles foram até a cidade de cada um dos jogadores para mostrar como os bairros e os estados estavam comemorando. Evidentemente,  eles foram até Bento Ribeiro … e logo ali na minha frente … eu vi as ruas onde cresci … eu vi os muros contra os quais eu chutava a bola. E eu vi algumas crianças de pé ao lado dos murais que eles pintaram para nós, assim como eu mesmo costumava fazer. Foi a última coisa que nós vimos antes de entrar em campo naquele dia”, escreveu Ronaldo.

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A Família Scolari foi marcante para Ronaldo, que voltava de uma grave lesão no joelho que quase o fez encerrar a carreira. O jogo também era marcante por conta da convulsão sofrida pelo jogador na final da Copa de 1998, contra a França.

“Nós sentimos isso ao longo do torneio: cada jogo era nosso. Nós não precisávamos dizer quão incríveis nós éramos. Nós todos simplesmente sentimos isso. Esse foi provavelmente o melhor time pelo qual eu já joguei em todos os tempos. Quando eu marquei duas vezes, colocando o Brasil à frente da Alemanha, eu pensei, é isso. Estava tudo ali … a taça da Copa do Mundo, a alguns poucos minutos de ser nossa. Eu nunca tinha sentido nada parecido com aquilo no campo de futebol. Então, aos 45 minutos do segundo tempo, eu fui substituído. Foi a coisa mais incrível que o Felipão fez por mim porque eu pude ver tudo. Eu pude apreender naquele instante o que acabávamos de conquistar. Enquanto eu saía do gramado, pensei naquelas pessoas que diziam que eu jamais voltaria a jogar. Que eu nem mesmo poderia voltar a caminhar novamente. Isso foi em 2002, e a febre do telefone celular estava no início. Então, quando eu olhei ao redor do estádio, havia esses pequenos quadrados brancos, como uma discoteca. Demorou um minuto para que eu pudesse descobrir o que estava acontecendo. As pessoas estavam apontando o celular para mim e tirando fotos”, escreveu o ex-camisa 9 da seleção.

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Ronaldo também falou da relação com Romário na Copa de 1994, sobre a primeira Copa que jogou, em 1998 e sobre outros assuntos, como o surgimento de seu apelido de quando criança: Dadado. O texto completo está no site  The Players Tribune.

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