Rogério Ceni sobe o tom após Ba-Vi: “ninguém quer jogar o Baiano”
Rogério Ceni critica a organização do Campeonato Baiano, apontando a falta de VAR e infraestrutura precária como desafios para a competição.
O técnico Rogério Ceni, atualmente no comando do Bahia, expressou fortes críticas em relação à organização do Campeonato Baiano. As declarações ocorreram após um empate sem gols contra o Vitória, ocorrido na Arena Fonte Nova. Ceni e o elenco do Tricolor questionaram várias decisões de arbitragem e manifestaram insatisfação com a ausência do VAR na fase inicial do torneio.
O confronto entre os dois times, que marcou o Ba-Vi de número 500, serviu de pano de fundo para Ceni comentar sobre as condições em que o campeonato estadual vem sendo realizado. Ele destacou que, para melhorar a qualidade das partidas e atrair mais interesse, é necessário investir em infraestrutura, incluindo a implementação do VAR e melhores condições nos estádios do interior.
“Vamos investir nisso, o Campeonato Baiano sempre vai existir. Mas ninguém quer jogar o Campeonato Baiano. Ou você acha que alguém gosta de ir para o interior jogar o Campeonato Baiano? O que dá lucro são jogos como o de hoje, os clássicos, aqui e no Barradão. Vamos investir, vamos colocar estrutura, colocar VAR, colocar arbitragem de fora [do Estado], colocar o radinho para os árbitros ao menos se comunicarem”, disse em coletiva.
Qual o Impacto das Críticas de Ceni no Contexto do Campeonato?
As críticas de Rogério Ceni trazem à tona uma discussão recorrente sobre o papel dos campeonatos estaduais no calendário do futebol brasileiro. Enquanto alguns acreditam que estas competições são essenciais para manter viva a tradição e rivalidade local, outros, como Ceni, apontam para a necessidade de modernizações e melhorias estruturais.
O treinador do Bahia destacou a frustração de muitos clubes, que competem principalmente pela vaga na Copa do Brasil, sugerindo que, para o campeonato agregar mais valor, deve haver maior investimento. Ele frisou que os jogos clássicos, especialmente aqueles realizados em estádios de grande porte, como a Arena Fonte Nova e o Barradão, são onde realmente há um ganho significativo de público e receita.
Quais São as Principais Desvantagens Apontadas por Rogério Ceni?
A ausência do árbitro de vídeo (VAR) até as semifinais foi uma das principais desvantagens destacadas por Ceni. Ele argumenta que esta falta de tecnologia pode impactar diretamente o justo desfecho dos jogos. Além disso, apontou a má qualidade dos gramados nos estádios do interior como um obstáculo para a prática de um futebol eficiente e seguro.
O técnico também mencionou que a arbitragem poderia ser aprimorada com a implementação de tecnologia de comunicação, permitindo um maior entendimento entre os juízes durante as partidas. Este tipo de inovação garantiria um processo de arbitragem mais transparente e eficiente.
O Futuro do Campeonato Baiano: Quais Intervenções Podem Ser Feitas?
Para que o Campeonato Baiano evolua e atraia maior interesse de clubes e torcedores, Rogério Ceni sugere uma série de intervenções estratégicas. Tais sugestões incluem:
- Introdução do VAR desde as fases iniciais do torneio;
- Melhoria nas infraestruturas dos estádios do interior;
- Contratação de equipes de arbitragem de outras regiões para aumentar a imparcialidade;
- Implementação de tecnologias de comunicação para a equipe de arbitragem.
A incorporação dessas inovações não só modernizaria a competição, mas também aumentaria seu prestígio e a atratividade para investidores e patrocinadores. Isso poderia gerar um ambiente mais competitivo e justo para todos os participantes.
Próximos Desafios para o Bahia
O Bahia agora se prepara para um novo desafio, desta vez na Copa do Nordeste, organizada pela CBF. O confronto contra o Juazeirense está marcado para a próxima quarta-feira (5) e será realizado em Juazeiro. Este jogo representa mais uma oportunidade para que o time possa mostrar seu potencial em um torneio de maior relevância no cenário regional.
Este cenário destaca a agenda movimentada do Bahia e reforça a necessidade de que os times tenham competições estruturadas, facilitando seu desenvolvimento e a formação de jogadores. A abordagem de Rogério Ceni evidencia um desejo por avanços que beneficiem o futebol baiano em sua totalidade.