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Rogério Ceni diz que não está pronto para a aposentadoria

Torcida pediu sua permanência em 2015, mas goleiro mantém decisão de parar

Daqui a mais alguns jogos, a maçante rotina de treinos e concentrações, os muitos cuidados com o corpo e a falta de tempo para se dedicar à família não serão mais problemas para Rogério Ceni. Aos 41 anos, o goleiro do São Paulo encerra sua vitoriosa carreira no fim do ano. O ídolo são-paulino admite, porém, que não está totalmente preparado para deixar os gramados. Já eram quase 23 horas de sábado quando o capitão deixou o Estádio do Morumbi e dezenas de são-paulinos ainda o esperavam para tirar fotos, pegar autógrafos e manifestar seu agradecimento pelo gol de falta que ajudou o time a bater o Bahia por 2 a 1. Tudo isso faz o capitão admitir que o adeus ainda não é uma decisão que esteja plenamente “digerida”.

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“Nunca ninguém está preparado para parar. O dia chega e você precisa viver depois dele, mesmo porque é muito difícil viver o futuro, como também não dá para viver do passado. Você precisa viver o dia-a-dia, o presente. Ninguém se encontra preparado para encerrar suas atividades, mas o momento chega e a partir daí você tem que encarar e conviver com isso da melhor maneira possível”, disse o goleiro na saída do estádio. No sábado, assim que balançou as redes pela 123ª vez na carreira, a torcida começou a gritar: “Não para, Rogério”. O goleiro balançou. “Fico muito feliz. Duro seria se a torcida pedisse para parar”, divertiu-se, antes de falar novamente sobre o adeus. “Para tudo chega a hora, mas enquanto não chega, vamos tentar fazer o melhor dentro de campo e deixar o torcedor mais feliz.”

Apesar dos pedidos do torcedor, Rogério parece decidido a encerrar a carreira. “Nós não conversamos absolutamente nada sobre isso, mas o que tenho em mente e na minha cabeça é isso. Espero que no dia 10 (final da Copa Sul-Americana), que não seja dia 7 (última rodada do Brasileiro, contra o Sport), eu possa dar sequência numa nova carreira.” O técnico Muricy Ramalho também falou sobre o assunto e disse que a parte física impede que Rogério ceda aos apelos da torcida. “Ele sente algumas dores que antes não tinha. Ele é um cara que não adianta falar para ele descansar, ele vai treinar. Ele é muito intenso no que faz, só que dói, machuca. Jogo não é fácil. Desta vez acho que ele está mais preparado para parar. Tecnicamente, ele ainda é um dos melhores do Brasil, mas estamos vendo que ele está sentindo o impacto no corpo”, explicou o treinador.

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(Com Estadão Conteúdo)

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