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Rio 2016: é hora de correr com a organização

Para que o Rio promova a grande Olimpíada que todos esperam, não dá para perder nem mais um dia com o jogo de empurra e a politicagem que fizeram o COI entrar em campo para valer

Publicado por: Helena Borges em 26/04/2014 às 01:00 - Atualizado em 06/10/2021 às 20:09
Rio 2016: é hora de correr com a organização
XÔ, PREGUIÇA – Mercadante, Luiz Fernando Pezão, Nuzman, Dilma e Paes (da esq. para a dir.): para a Olimpíada funcionar, será preciso deixar os egos de lado, vencer a letargia e dar a largada nos projetos que repousam no papel

Confrontados diariamente com a angústia do “entreg­a não entrega” dos estádios de futebol para a Copa do Mundo que se avizinha, os brasileiros tiveram de engolir outro atestado de incompetência na condução de um grande evento esportivo quando o Comitê Olímpico Internacional (COI) decretou uma espécie de intervenção branca nos preparativos para os Jogos de 2016 no Rio de Janeiro. À exceção de Atenas (2004), que ingressou no glossário olímpico moderno como sinônimo de caos administrativo e incertezas até o último instante, nenhuma outra cidade-sede havia levado o alto escalão do COI a acender o sinal de alerta com essa intensidade e entrar em campo para zelar por sua própria história. É verdade que na Grécia, a quatro anos dos jogos, justamente quando o COI soou a sirene, não se via uma única obra em andamento, diferentemente do que ocorre no Rio. Mas, com dois anos apenas pela frente, é consenso aqui que não resta mais um minuto a perder com a letargia de Brasília, o jogo de empurra de responsabilidades entre poderes e a politicagem que até agora vêm sendo a marca dessa Olimpíada 2016.

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Há um claro desencontro entre os relógios suíços que regem o COI e a noção de tempo nos gabinetes de quem decide as coisas no Brasil. No governo federal, a instância que no dossiê de candidatura aparece como a grande financiadora e gestora do projeto olímpico, as prioridades estão claras: Olimpíada é assunto para depois da Copa e das eleições. A má coincidência de datas, que atravanca a máquina e represa os repasses olímpicos, traz certo mal-estar à presidente Dilma Rousseff. “É duro para ela justificar o aporte de um caminhão de dinheiro para o Rio de Janeiro em detrimento de outros 26 estados em pleno ano eleitoral. As manifestações nas ruas também são outro incômodo: a revolta com a Copa pode facilmente se estender à Olimpíada, e Dilma sabe que acabará respingando nela”, conta um observador.

Nesse sentido, a matriz que define as responsabilidades de cada alçada de poder (recém-divulgada, com atraso de uns dois anos e já sob a pressão do COI) contém uma informação que não deve passar despercebida: não é mais o governo federal, como previsto inicialmente, mas sim a prefeitura do Rio que arcará com grande parte dos projetos, a maioria deles em parceria com a iniciativa privada. A nova matriz – um documento sucinto que informa quem bancará e executará as obras de todas as instalações envolvidas nos Jogos – deu algum alento ao COI por dois motivos: 1) finalmente foi batido o martelo sobre o mais básico e 2) suavizou-se um pouco o peso da agenda eleitoral sobre a Olimpíada do Rio. Não significa que a cúpula de Lausanne não esteja de olhos bem abertos e ciente dos enormes desafios por vir.

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