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Rebaixado, Botafogo volta de ônibus por medo da torcida

Para despistar os torcedores mais exaltados, diretoria cancelou voo para o Rio e não avisou a imprensa. Time amargou a segunda queda de sua história

Rebaixado à Série B do Brasileirão, o elenco do Botafogo já está de volta ao Rio de Janeiro. Após a derrota deste domingo para o Santos por 2 a 0, na Vila Belmiro, os jogadores viajaram de ônibus e chegaram no começo da manhã desta segunda-feira ao Engenhão. Do estádio, cada atleta foi para a sua casa. A informação inicial era de que o elenco viajaria de avião e chegaria ao Aeroporto Internacional do Galeão. Mas após a confirmação do rebaixamento, o Botafogo preferiu despistar e viajar de ônibus sem avisar a imprensa. Tudo para fugir de possíveis protestos da torcida.

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O novo presidente do clube, Carlos Eduardo Pereira, que assumiu na semana passada, deve conceder entrevista coletiva nesta segunda-feira. No site oficial, o clube pediu “desculpas a essa imensa e apaixonada torcida”, dizendo que “foram muitos problemas, erros e derrotas”. Ainda no domingo, o técnico Vagner Mancini lamentou a queda. “Temos que aceitar. Não desenvolvemos o que teríamos que desenvolver. Foi um retrato do que foi desenhado ao longo do ano. Não caímos hoje. O clube teve uma série de problemas que todos expuseram. Temos que ser francos. Sabíamos que era difícil, mas em nenhum momento a equipe jogou a toalha. Lutamos, fomos bravos, mas não foi suficiente”, afirmou o técnico, em entrevista coletiva.

Jogadores do Botafogo levam faixa em protesto contra o atraso nos salários na entrada para a partida contra o Flamengo no Maracanã
Jogadores do Botafogo levam faixa em protesto contra o atraso nos salários na entrada para a partida contra o Flamengo no Maracanã VEJA

Este foi o segundo rebaixamento da história do Botafogo – o primeiro foi em 2002. Ironicamente, a torcida iniciou o ano bastante animada com o retorno do time à Libertadores depois de 18 anos. Na competição continental, o clube carioca até venceu o campeão San Lorenzo, mas foi eliminado ainda na primeira.

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A partir do início do Brasileirão, o time repetiu a receita dos rebaixados: mudou de treinador, atrasou os salários dos atletas, vendeu os principais jogadores e formou um elenco bastante limitado. Pata piorar a crise, o então presidente Maurício Assumpção demitiu quatro atletas experientes (Emerson Sheik, Bolívar, Edílson e Júlio César), sem explicar bem os motivos, e viu a equipe cair ainda mais de rendimento.

A aposta em Jobson, um atacante com histórico de doping e confusões, foi o último ato de desespero da diretoria O atacante ainda desperdiçou um pênalti na derrota para o Figueirense na 35ª rodada e foi apontado como um dos vilões da queda. Com 33 pontos e na penúltima posição, o Botafogo chegará a última rodada sem chances de salvação. Apenas para cumprir tabela, o Botafogo se despedirá da Série A diante do Atlético-MG, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, no próximo domingo.

Agressão – O jornalista Bruno Cassucci de Almeida, do jornal Lance! alegou ter sido agredido por policiais militares após a partida entre Santos e Botafogo, domingo, na Vila Belmiro. Ele havia deixado o estádio para acompanhar uma briga entre torcidas organizadas das duas equipes, quando foi impedido de trabalhar pelos policiais. Cassucci relatou que os policiais chegaram a colocar uma bomba de efeito moral dentro de sua calça e ameaçaram dispará-la.

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(Com Estadão Conteúdo)

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