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PLACAR de Maio comemora os 50 anos do tricampeonato mundial no México

A Copa de 1970 coroou o futebol-arte apresentado por Pelé e companhia; esta nova edição relembra detalhes os personagens e o contexto daquela conquista

A edição de maio de PLACAR, lançada nesta terça 19 nas plataformas digitais (disponível para dispositivos iOS e também Android) e que chega às bancas a partir desta sexta 22, é puro deleite para os amantes do futebol. Trata-se de um valioso e extenso material sobre o tricampeonato mundial da seleção brasileira, cuja partida de estreia aconteceu em 3 de junho de 1970. Fizemos um verdadeiro mergulho na sociedade da época: como estavam o Brasil e o mundo durante a Copa do Mundo do México.

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Mas há também os itens obrigatórios de qualquer revista comemorativa: o relato dos seis jogos da campanha (com a ficha completa da partida), as melhores imagens e o perfil dos craques. Além disso, PLACAR colheu depoimentos inéditos e exclusivos de personagens centrais do time comandado por Zagallo, entre eles o Rei Pelé, Tostão e, claro, nosso colunista PC Caju.

Na seção Prorrogação, lembramos os fatos mais curiosos e personagens relevantes do início da década de 70, além da reprodução de páginas originais de PLACAR daquela época e as charges brilhantes e atemporais do cartunista Henfil.

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Leia abaixo a íntegra da Carta ao Leitor publicada na edição de maio de PLACAR:

Uma ode ao futebol

Dentro de casa, responsavelmente, porque assim deve ser, o único caminho de contenção dos casos de Covid-19, boa parte dos brasileiros que gostam de futebol passou os últimos dias com uma diversão diante dos canais de esporte na televisão – acompanhar o repeteco de partidas antigas. Viram-se o tetra de 1994, o penta de 2002, Romário e Ronaldo, Dunga e Cafu, mas o que mais entusiasmou os amantes da bola, até os mais jovens, foram os jogos da Copa de 1970, e lá se vão cinquenta anos. Perante imagens antigas, de colorido apagado, com replays mostrados sempre do mesmo ângulo, narradores e comentaristas de hoje pareciam emocionados ao entrar no túnel do tempo. No SporTV, Cléber Machado não se conteve: “Olha só, eu narrando um gol de Pelé”.

Esta edição de PLACAR celebra a aventura do tricampeonato no México, dentro e fora de campo. É uma homenagem aos grandes campeões, lendas eternizadas, uma ode a Pelé, Tostão, Gérson, Rivellino, Jairzinho, Carlos Alberto e companhia, mas também um convite para entender o Brasil daquele tempo, mergulhado no horror da ditadura militar e das torturas. Cinco décadas depois, com o devido distanciamento, é possível separar a glória esportiva do fracasso político. Se nossos pais e avós cantavam Pra Frente Brasil, queriam mesmo é que o ataque avançasse, como de fato o fez, em dezenove espetaculares gols, e não exaltar os generais de plantão.

O cartunista Henfil (1944-1988), colaborador de PLACAR ao longo da Copa, corajoso crítico do regime, foi quem melhor soube apartar uma coisa da outra: cutucava os poderosos, ácida e frequentemente, mas fazia de seu traço uma celebração do chamado futebol-arte. Ele estava certo: se ainda hoje nos lembramos dos anos de chumbo, e é preciso relembrá- los para que não se repitam, é porque aquele tempo soa inaceitável, interregno terrível de nossa história. Já o escrete, a canarinho, aquele time – nunca ninguém o esquecerá. PLACAR se orgulha de ter nascido exatamente há cinquenta anos, de ter a mesma idade da maior de todas as conquistas, e aqui poder recontá-la — com a possibilidade de revisitar as fotografias e os textos publicados no calor da hora, nas edições distribuídas logo depois de cada uma das seis vitórias no México. Boa leitura, e salve a seleção.

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