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Pelé e Garrincha não foram unânimes: os votos polêmicos dos Times dos Sonhos

Jogadores como Edmundo, Domingos da Guia, Jefferson e Júlio César ficaram a apenas um voto de serem eleitos na edição de colecionador de PLACAR

PLACAR abriu a temporada de 2025 com uma edição de colecionador e que sempre levanta polêmicas: a Meu Time dos Sonhos, eleição com jornalistas, ex-atletas e personalidades ilustres que define os 11 maiores jogadores e técnicos dos 12 maiores clubes do Brasil. A revista de janeiro já está disponível em nossa loja oficial no Mercado Livre e nas bancas de todo o país.

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A quarta edição da votação (sucedendo as de 1982, 1994 e 2006) teve apenas 9 atletas eleitos por unanimidade, lista seleta que não inclui lendas dos clubes brasileiros como Pelé, Garrincha, Ademir da Guia e Rogério Ceni.

Ao todo, 260 personalidades (22 por clube, sendo quatro votantes repetidos entre equipes diferentes) quebraram a cabeça para eleger seus 12 favoritos de Atlético Mineiro, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco da Gama. As capas das edições de 1994 e 2006

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As capas das edições de 1994 e 2006A eleição de 2025 teve apenas 9 nomes incontestes entre os 22 eleitores de cada equipe: Ronaldinho Gaúcho, Hulk e Reinaldo (Atlético-MG), Nelinho e Tostão (Cruzeiro), Leandro e Zico (Flamengo), Wladimir (Corinthians) e Falcão (Internacional).

Ora, mas e Pelé? Honrando o lema de Nelson Rodrigues de que toda unanimidade é burra, um dos eleitores do Santos decidiu deixá-lo de fora. “O Rei é hors concour, né?”, justificou o ex-jogador Pita, que escalou a si próprio na seleção do Peixe.

Neymar e Pelé em ensaio de capa para a edição de aniversário dos 40 anos da revista Placar, 2010
Juntos novamente: Pelé e Neymar são titularíssimos do Santos de todos os tempos – Alexandre Battibugli/PLACAR

Outra ausência na lista de unanimidades que chamou atenção foi a de Garrincha. O narrador Sérgio Maurício, da Band, optou por escalar seu ataque do Glorioso com Seedorf, Jairzinho, Túlio e Paulo Cézar Caju.

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No São Paulo, apenas Sombra, apresentador do Estádio 97, preteriu Rogério Ceni na meta são-paulino, optando por Zetti. Já no Palmeiras, Ademir da Guia foi eleito com 17 votos – não citaram o Divino os seguintes votantes: Alex Miller, Fred Bruno, Gabriel Amorim, Felippe Facincani, Cosme Rímoli e Ricardo Corrêa.

No Corinthians, a escalação de Ronaldo Fenômeno causou maior repercussão. “Quem aponta Ronaldo como o maior centroavante desconhece a história do Corinthians, que já teve Baltazar e Teleco, entre outros grandes goleadores”, crava o jornalista Celso Unzelte, autor do Almanaque do Timão. “Sua passagem pelo clube foi um acontecimento”, contra-argumenta o colega André Rizek. “Ronaldo foi o mais belo canto do cisne preto e branco”, complementa Juca Kfouri, eterno diretor de redação de PLACAR.

Marcelinho e Ronaldo, dois dos eleitos do Corinthians
Marcelinho e Ronaldo, dois dos eleitos do Corinthians

Em situação semelhante à de Ronaldo, o uruguaio Luís Suárez, de passagem breve mais marcante pelo Grêmio, ficou de fora da lista final tricolor. O Pistolero recebeu 6 votos (de Carlos Etchichury, César Fábris, Marcelo Ferla, Marco Aurélio Souza, Lucas Leiva e Nelson Sirotsky), contra 9 de Tarciso, 14 de Jardel e 21 de Renato Gaúcho. O único a não votar em Renato foi o jornalista Rodrigo Adams, que optou por Luan e Jardel na frente.

Dentre os jogadores que por muito pouco não foram eleitos estão:

  • O atacante Edmundo, que teve 9 votos no Palmeiras, contra 10 de Rivaldo e Dudu
  • O goleiro Jefferson, que recebeu 10 votos no Botafogo, contra 11 de Manga
  • O zagueiro Domingos da Guia, que recebeu 8 votos no Corinthians, contra 9 de Chicão
  • O goleiro Dida, que recebeu 8 votos no Cruzeiro, contra 9 de Raul
  • O goleiro Júlio César, que recebeu 9 votos no Flamengo, contra 9 de Raul
  • O meia Didi, que recebeu 7 votos no Fluminense, mesmo número de Romerito e Telê, mas perdeu no voto de minerva do técnico eleito, Carlos Alberto Parreira
  • O atacante Rafael Sóbis, que recebeu 6 votos no Inter, contra 8 de Carlitos
  • O atacante Leônidas da Silva, que rcebeu 8 votos no São Paulo, contra 9 de Serginho Chulapa

Dos 132 atletas e 12 treinadores eleitos, sete lendas conseguiram a façanha de entrar em mais de um Time dos Sonhos. São eles os goleiros Manga (Botafogo e Inter) e Raul (Cruzeiro e Flamengo), o lateral Nelinho (Atlético e Cruzeiro), os meias Rivellino (Corinthians e Fluminense) e Ronaldinho Gaúcho (Atlético e Grêmio). Carlos Alberto Torres e Telê Santana foram além, eleito por três clubes diferentes: o “Capita” como atleta de Botafogo, Fluminense e Santos), repetindo o feito de 2006, e Telê como treinador de São Paulo e Atlético-MG e jogador do Fluminense.

A eleição tinha critério livre. O jornalista Felippe Facincani, da PLACAR TV, por exemplo, optou por escalar um Palmeiras apenas com atletas que viu jogar. Já o cantor Supla surpreendeu com uma formação quase sem defensores: “Ei, Champs, esse é o meu Santos. É assim para frente mesmo.” No Fluminense, um empate triplo exigiu uma solução criativa: ligamos para Carlos Alberto Parreira, o técnico eleito, dar o voto de minerva e assim fechar o 11 ideal tricolor.

Capa Time dos Sonhos

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