No país da Copa de 2018, até árbitro é acusado de racismo
Brasileiro Hulk relata que juiz disse a ele, durante jogo, que ‘não gosta de preto’
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O atacante brasileiro Hulk, do Zenit, da Rússia, voltou a ser alvo de uma provocação racista no fim de semana – desta vez, porém, não dos torcedores rivais, mas sim da principal autoridade do jogo. Em entrevista à agência de notícias Reuters, ele contou que o árbitro Alexei Matyunin disse a ele que “não gosta de preto”. A frase teria sido dita, em inglês, no momento em que Hulk foi conversar com o árbitro durante a derrota de seu time para o Mordóvia Saransk, no sábado. “Fui falar com o árbitro numa boa, com educação. Toquei nele e ele disse, de forma arrogante, para eu não encostar nele. Eu pedi para ele se acalmar, mas ele começou a ficar nervoso. Eu, no calor do jogo, perguntei: ‘Você é racista?’ E ele respondeu: ‘Sou. Não gosto de você e não gosto de preto”‘, contou o brasileiro, que atua no futebol da Rússia, o país-sede da Copa do Mundo de 2018, desde 2012. O brasileiro, titular da seleção no último Mundial, foi ao árbitro para reclamar da cera do time adversário.
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“Houve uma situação em que um jogador estava caído e o árbitro mandou a maca entrar em campo. Quando a maca chegou, o jogador disse que não precisava mais e se levantou”, lembrou o atacante. Não foi a primeira vez que Hulk ouviu frases racistas no futebol russo. Em setembro, numa partida contra o Spartak, em São Petesburgo, o brasileiro foi chamado de “macaco” pela torcida visitante. Na ocasião, a Federação Russa puniu o time de Moscou, que disputou o jogo seguinte com portões fechados. Hulk disse que essas situações são frequentes no futebol russo, mas se mostrou surpreso com a manifestação racista de um árbitro numa partida. “Não podemos aceitar racismo de nenhuma forma, mas quando vem da torcida adversária, sabemos que querem desconcentrar o jogador. Só que o árbitro, que deve fazer respeitar a lei do jogo, não pode fazer isso”, disse Hulk. Há alguns meses, a federação russa minimizou o problema e garantiu que o racismo não será um problema na próxima Copa.
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(Com agência Gazeta Press)