Com a braçadeira de capitão, Kaká estreou nesta quarta-feira pelo Orlando City, que vai disputar a Major League Soccer (MLS), maior liga de futebol dos Estados Unidos. Ele atuou apenas no primeiro tempo contra o FC Dallas, em amistoso, marcou um gol e particiopou da jogada do gol de Paterson – o Orlando venceu por 4 a 0.
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Aos 13 minutos do primeiro tempo, o Orlando City saiu na frente, com gol de Tony Cascio. Paterson, assistido por Kaká, marcou aos 20 minutos, e o brasileiro bateu pênalti e marcou, ainda no primeiro tempo. O Orlando fez o quarto com Danny Mwanga, no segundo tempo. “Fico feliz pelo gol e por ter dado uma assistência. Foi o primeiro de muitos gols, podem ter certeza. Muita coisa boa vem por aí”, disse Kaká.
O Orlando City estteia na MLS dia 8 de março, em Orlando, contra o New York City FC, time do atacante espanhol David Villa, no estádio Citrus Bowl.
https://www.youtube.com/watch?v=vUg-juFIWBI
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1. Kaká – 7,1 milhões de dólares
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1/10 (Orlando City/)
Clube: Orlando City
Posição: Meia
Nascimento: 22 de abril de 1982 (32 anos), Gama, Brasil
Última equipe: São Paulo (tem contrato até dezembro de 2014). Defendeu a seleção brasileira nas Copas de 2002, 2006 e 2010.
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2. Clint Dempsey – 6,6 milhões de dólares
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2/10 (Otto Greule Jr/)
Clube: Seattle Sounders
Posição: atacante
Nascimento: 9 de março de 1983 (31 anos), Nacogdoches, EUA
Última equipe: Tottenham Hotspur, da Inglaterra. Defendeu a seleção americana nas Copas de 2006, 2010 e 2014
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3. Michael Bradley – 6,5 milhões de dólares
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3/10 (Ted S. Warren/)
Clube: Toronto FC
Posição: volante
Nascimento: 31 de julho de 1987 (27 anos), Princeton, EUA
Última equipe: Roma, da Itália. Defendeu a seleção americana nas Copas de 2010 e 2014
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4. Jermain Defoe – 6,1 milhões de dólares
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4/10 (Steve Russell/Getty Images/)
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Clube: Toronto FC
Posição: atacante
Nascimento: 7 de outubro de 1982 (31 anos), Londres, Inglaterra
Última equipe: Tottenham Hotspur, da Inglaterra. Defendeu a seleção inglesa na Copa de 2010
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5. Landon Donovan – 4,5 milhões de dólares
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5/10 (Harry How/)
Clube: Los Angeles Galaxy
Posição: meia-atacante
Nascimento: 4 de março de 1982 (32 anos), Ontario, EUA
Última equipe: Everton, da Inglaterra. Defendeu a seleção americana nas Copas de 2002, 2006 e 2010
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6. Robbie Keane – 4,5 milhões de dólares
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6/10 (Cooper Neill/Getty Images/)
Clube: Los Angeles Galaxy
Posição: atacante
Nascimento: 8 de julho de 1980 (34 anos), Dublin, Irlanda
Última equipe: Aston Villa, da Inglaterra. Defendeu a seleção irlandesa na Copas de 2002
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7. Thierry Henry – 4,3 milhões de dólares
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7/10 (Mike Stobe/)
Clube: New York Red Bulls
Posição: atacante
Nascimento: 17 de agosto de 1977 (37 anos), Les Ulis, França
Última equipe: Arsenal, da Inglaterra. Defendeu a seleção francesa na Copas de 1998, 2002, 2006 e 2010
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8. Tim Cahill – 3,6 milhões de dólares
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8/10 (Mike Stobe/Getty Images/)
Clube: New York Red Bulls
Posição: atacante
Nascimento: 6 de dezembro de 1979 (34 anos), Sydney, Austrália
Última equipe: Everton, da Inglaterra. Defendeu a seleção australiana na Copas de 2006, 2010 e 2014
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9. Jermaine Jones – 3,2 milhões de dólares
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9/10 (Siphiwe Sibeko/Reuters/)
Clube: New England Revolution
Posição: volante
Nascimento: 3 de novembro de 1981 (32 anos), Frankfurt, Alemanha
Última equipe: Besiktas, da Turquia. Defendeu seleções de base da Alemanha e joga pela seleção dos Estados Unidos desde 2010. Esteve na Copa do Mundo de 2014
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10. Marco Di Vaio – 2,6 milhões de dólares
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10/10 (Richard Wolowicz/Getty Images/)
Clube: Montreal Impact
Posição: atacante
Nascimento: 15 de julho de 1976 (38 anos), Roma, Itália
Última equipe: Bologna, da Itália. Defendeu a seleção italiana na Eurocopa de 2004
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1. Organização
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1/6 (Jeff Gross/Getty Images/)
Basta acessar o site de qualquer uma das ligas profissionais ou dos clubes de futebol dos Estados Unidos para se ter ideia do quão à frente dos brasileiros os americanos estão em relação à organização do esporte. Por lá, as equipes são geridas como empresas e trabalham de maneira mais igualitária e rentável. Os proprietários dos clubes da MLS são também os sócios e, consequentemente, donos da principal liga do país. Neste formato, a chegada de grandes jogadores beneficia não apenas as equipes que os contrataram, mas a liga e suas receitas como um todo. Da mesma forma, se um clube está em dívida (comum no Brasil) toda a MLS é prejudicada. Os clubes trabalham com um teto salarial idêntico e a competição se restringe ao que acontece dentro de campo. Este mesmo modelo é aplicado na NBA e na NFL, as ligas de basquete e futebol americano, que são exemplos mundiais de gestão.
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2. Investimento
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2/6 (VEJA.com/)
Atualmente, os clubes americanos vêm apostando em parcerias, não apenas com empresas, mas com clubes estrangeiros e até de outros esportes americanos. Dentre os times estreantes, o New York City é mantido pelo Manchester City, da Inglaterra, e pelo New York Yankees (clube americano de beisebol), enquanto o Orlando City tem acordo com o Benfica, de Portugal. As parcerias preveem intercâmbio de atletas e de conhecimento, inclusive em áreas comerciais, de marketing, TV e multimídia. Além disso, em muitos casos, os governos também se dispõem a ajudar financeiramente as equipes de suas cidades, pois veem o futebol como uma forma a mais de atrair turistas e movimentar a economia local. Neste ano, a MLS renovou seus contratos de televisão: quatro canais irão transmitir, em horário nobre, as partidas da liga às sextas, sábados e domingos.
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3. Interesse popular
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3/6 (Scott Olson/)
De acordo com pesquisas encomendadas pelo Orlando City, o futebol já é o esporte mais praticado nos EUA, com mais de 20 milhões de adeptos. Na última Copa do Mundo, as partidas da seleção americana tiveram índices de audiência televisiva assombrosos, ultrapassando a marca de 25 milhões de espectadores. Nas ruas, verdadeiras multidões se reuniram para ver o US Team jogar contra potências como Alemanha e Portugal. Quanto às médias de público, mais uma vitória da MLS sobre o Brasileirão: 18.608 a 14.951.
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4. Qualidade de vida
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4/6 (Ramiro Olaciregui/)
Os Estados Unidos são referência para quem busca prosperidade e tranquilidade para viver. Além de salários bem razoáveis, há boas escolas e segurança. Assim, a MLS aparece como uma alternativa segura e rentável. De acordo com o dono do Orlando, a qualidade de vida pesou na decisão de Kaká em trocar o Milan pelo time da cidade americana. “Ele até poderia conseguir contratos melhores, mas na China ou Turquia, lugares bem menos atrativos”, diz Flavio Augusto da Silva.
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5. Rotina de trabalho
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5/6 (Ryan McVay/)
O esquema de treinamentos dos Estados Unidos é bem diferente do brasileiro. Os treinamentos da equipe acontecem em turno único, pelas manhãs. Durante o restante do dia, os atletas têm tempo livre para ficar com as famílias e conhecer as atrações locais. Assim como na Europa, o time não se concentra nas partidas em casa: o jogador vai com o próprio carro até o estádio nos dias de jogos. O esquema liberal inibe a indisciplina: “Aqui ninguém falta em treino ou chega atrasado. Todos têm muito profissionalismo”, conta Juninho, duas vezes campeão pelo LA Galaxy
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6. Hall da Fama
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6/6 (Danny Moloshok/Reuters/)
Kaká, Lampard e Villa são exemplos de atletas consagrados e com patrimônios suficientes para sustentar várias gerações. No entanto, se troféus e dinheiro já deixaram de ser metas em suas vidas há um bom tempo, os EUA lhes oferecem uma grande oportunidade: a de se tornar referência do esporte. Caso a MLS se torne uma espécie de NBA do futebol um dia, estes atletas poderão ser lembrados, assim como Pelé e Beckham no mesmo país, ou Zico no Japão, como pioneiros de um marco na história do esporte.
(Com agência Gazeta Press)
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