Meia Alex, 36 anos, decide se aposentar no fim de 2014

“Eu me envolvo com muitas coisas do Coritiba fora do campo. O que quero agora é curtir esse meu momento”, disse o atleta

A vitoriosa carreira do meia Alex já tem data para encerrar. Na manhã desta quarta-feira, o veterano de 36 anos, ex-Palmeiras, Cruzeiro e Fenerbahce, anunciou que irá parar de jogar futebol no final do ano. O meia do Coritiba admitiu que teria condições de atuar por mais algumas temporadas, mas sinalizou que os problemas vividos pelo Coritiba nos últimos meses motivaram a decisão. “A cabeça cansou antes do corpo”, resumiu ele. Alex cumprirá seu contrato até o fim – o vínculo com o clube acaba no dia 31 de dezembro. A última partida do craque, que terá 37 anos (faz aniversário em setembro), será contra o Bahia, no dia 8 de dezembro, no Estádio Couto Pereira, pelo Campeonato Brasileiro.

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Alex admitiu que cogitou a possibilidade de se aposentar antes mesmo do Brasileirão, logo após a eliminação do Coritiba nas semifinais do Campeonato Paranaense, mas repensou o assuntou e optou por adiar a decisão. “Eu já estava pensando em parar. Falei isso a vários jogadores e amigos e, por causa da internet, essa história se espalhou”, contou ele. O atleta citou o atual gerente de futebol do Coritiba, Tcheco, ex-jogador do próprio clube, como fundamental para o adiamento da aposentadoria. “Eu me envolvo com muitas coisas do Coritiba fora do campo. O que quero agora é curtir esse meu momento”, contou. O mau momento do Coritiba, que em 2013 lutou para não cair no Brasileirão, pesou na decisão.

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O time paranaense sofre com atrasos salariais, desentendimentos entre os jogadores e a diretoria e lesões de seus principais jogadores. “O Coritiba é o time mais difícil em que eu trabalhei, porque no meu caso há um misto de atleta profissional e torcedor. Se fosse qualquer outro clube, diante dessas dificuldades, eu já teria saído.” Por coincidência, Alex completou 19 anos de carreira nesta quarta. Ele começou a jogar profissionalmente em 1995, no próprio Coritiba, e se tornou ídolo de Palmeiras e Cruzeiro, clubes onde conquistou títulos como a Copa do Brasil, o Campeonato Brasileiro e a Copa Libertadores. O meia, que teve também breves passagens por Flamengo e Parma, também é um dos ídolos do Fenerbahce, da Turquia, onde venceu três Campeonatos Turcos, duas Supercopas e uma Copa da Turquia. Sua maior frustração foi nunca ter disputado uma Copa do Mundo pela seleção brasileira – com a camisa amarela, disputou 68 jogos e marcou 20 gols.

(Com agência Gazeta Press)