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Lições da abertura da Copa: pátria não é governo, nem futebol é política

Um consolo para Dilma: não veio do povo a retumbante e espontânea vaia que ela levou no jogo de abertura da Copa, na Arena Corinthians, em São Paulo, na semana passada. As 62 000 pessoas que assistiram à vitória de 3 a 1 do Brasil sobre a Croácia eram, majoritariamente, pessoas de classe média, pagadoras de […]

Publicado por: Da Redação em 14/06/2014 às 01:00 - Atualizado em 06/10/2021 às 18:14
Lições da abertura da Copa: pátria não é governo, nem futebol é política
INEDITISMO – Vaias à presidente, craque que faz dois gols e hino cantado em furor patriótico depois da execução oficial: eis um resumo da abertura da Copa do Mundo de 2014

Um consolo para Dilma: não veio do povo a retumbante e espontânea vaia que ela levou no jogo de abertura da Copa, na Arena Corinthians, em São Paulo, na semana passada. As 62 000 pessoas que assistiram à vitória de 3 a 1 do Brasil sobre a Croácia eram, majoritariamente, pessoas de classe média, pagadoras de ingresso, e convidados vips. Uma amostra viciada que invalidaria qualquer pesquisa eleitoral. Mas mesmo que a amostra fosse representativa do povo, o mais provável é que teria havido vaia do mesmo jeito. Lula foi vaiado no Engenhão durante os Jogos Pan-Americanos de 2007. A própria Dilma foi vaiada no Mané Garrincha, em Brasília, no jogo de abertura da Copa das Confederações, no ano passado. “O Maracanã vaia até minuto de silêncio”, dizia Nelson Rodrigues, dramaturgo conhecedor do contato epidérmico entre intenções e gestos em uma torcida apaixonada pelo futebol. Bons tempos em que as vaias eram apenas longos “uuuusss!”. Agora, com palavrões, no modo imperativo, a vaia contém o nome do vaiado seguido das ações indecorosas a que a multidão o condena. Virou grosseria, ofensa. Se melhoramos muito desde a última vez que sediamos uma Copa, em 1950, no quesito “vaia em estádio” regredimos ao estágio incivilizado de turba. Sinal dos tempos.

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