Nike rompeu com Neymar em meio a investigação de assédio, diz jornal
Ao ‘Wall Street Journal’, a assessoria do jogador nega e diz que ele pretende se defender ‘desses ataques sem fundamento’; caso teria ocorrido em 2016
Uma reportagem do jornal americano The Wall Street Journal afirma que a Nike rompeu contrato com Neymar porque o jogador se recusou a cooperar com uma investigação iniciada após uma funcionária da empresa acusá-lo de assédio sexual. Em nota enviada ao jornal, a assessoria de imprensa de Neymar nega e diz que o atacante vai “se defender vigorosamente desses ataques sem fundamento caso alguma denúncia formal seja apresentada, o que não aconteceu até agora”.
A Nike anunciou o fim do patrocínio, que por contrato deveria durar mais oito anos, em agosto de 2020, sem explicar o porquê da decisão. Na nota ao jornal, a assessoria de Neymar afirma que o contrato foi rompido por razões comerciais. A PLACAR, Neymar pai detalhou os motivos que, segundo ele, começou por reclamações sobre a qualidade das chuteiras e envolveu atraso de salários.
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Segundo a reportagem, a funcionária da Nike disse a amigos e a colegas que trabalhavam com ela na empresa que Neymar tentou forçá-la a fazer sexo oral nele no quarto de hotel em que o jogador estava hospedado em Nova York, na madrugada do dia 2 de junho de 2016. Neymar estava na cidade americana para um evento de divulgação da parceria entre a Nike e o ex-jogador de basquete Michael Jordan.
De acordo com o jornal, a funcionária abriu uma reclamação junto à Nike em 2018. No ano seguinte, a empresa começou uma investigação interna sobre o caso e decidiu não colocar mais o jogador em campanhas de marketing.
À reportagem, a representante legal da Nike, Hilary Krane, afirma que o contrato foi encerrado porque o atacante não quis cooperar com a apuração e que a companhia não falou sobre o assunto publicamente antes porque “nenhum fato emergiu que nos permitisse falar com segurança sobre o assunto. Seria inapropriado a Nike fazer acusações sem apresentar fatos que as comprovassem”.
Segundo o jornal, durante a investigação, realizada por advogados do escritório Cooley LLP, representantes de Neymar negaram o que foi relatado pela funcionária, mas o jogador se recusou a ser entrevistado.
Neymar era um dos atletas mais bem pagos pela Nike quando o contrato foi encerrado. Cerca de duas semanas depois do rompimento, a Puma anunciou acordo de patrocínio com o jogador.