Jô admite gol com o braço, mas se diz chateado com julgamentos
Atacante do Corinthians diz que não teve intenção de trapacear e que a situação foi bem diferente do lance com Rodrigo Caio, do São Paulo
O atacante Jô, do Corinthians, convocou entrevista nesta terça-feira, na chegada do time a Buenos Aires, na Argentina, para esclarecer a grande controvérsia do fim de semana, o seu gol marcado com o braço na partida contra o Vasco, pelo Brasileirão. Ao contrário do que fez logo após a partida, o goleador admitiu que o gol foi irregular, mas garantiu não ter tido má fé e nem a percepção exata sobre onde a bola bateu no momento do lance.
“Chegando em casa, vi que a bola tocou no braço, mas deixo claro que em nenhum momento quis trapacear, minha intenção não era de fazer qualquer tipo de coisa errada”, disse. “Era uma jogada em que eu queria fazer o gol. Sou atacante, o time passava por um momento difícil na partida, e eu me atirei na bola. Em nenhum momento eu fiz o movimento de jogar a mão para fazer o gol primeiro.”
Jô se disse assustado com a repercussão da jogada. “Algumas coisas que me deixaram chateado foram julgamentos sobre meu caráter e minha conduta fora de campo e acho que não é um lance desse que vai manchar o que sou.”
Jô ainda citou o caso de fair play de Rodrigo Caio, do São Paulo, no Campeonato Paulista. Na ocasião, o defensor avisou o árbitro que o atacante corintiano não havia feito falta e, por isso, não merecia um cartão amarelo que o tiraria do jogo de volta das semifinais. Para Jô, a comparação entre os lances é injusta.
“Assim como eu aplaudi e achei fantástica a atitude do Rodrigo Caio, muita gente queria ver uma atitude igual. Mas foi uma situação diferente. Muitos queriam que eu falasse que coloquei a mão. Se tivesse convicção disso eu falaria. Sempre dei a cara, não tenho por que me esconder.”
O Corinthians está na capital argentina onde enfrentará nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), o Racing, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana. O jogo de ida, em São Paulo, terminou empatado em 1 a 1.