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ÍNTEGRA: Endrick conta à PLACAR como planeja se tornar um ídolo nacional

Em entrevista exclusiva, atacante fala em resgatar amor do torcedor pela amarelinha e virar referência na Copa de 2026

Endrick Felipe Moreira de Sousa carrega nos ombros as delícias e os dissabores da precocidade. Pense bem – e seja franco: o que você fazia aos 15 anos, quando colecionava tantas espinhas no rosto quanto as incertezas da adolescência? O atacante nascido em Taguatinga (DF) já desfilava em campo como protagonista do Palmeiras na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2022, o torneio de base mais badalado do país. Foram seis gols (um deles o mais bonito da competição) e um inédito título para o clube.

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Não tardou para deixar a condição de promessa e virar titular da equipe principal, seguido pelo status de mais nova joia do Real Madrid em negociação que beira os 400 milhões de reais. É o quarto jogador mais jovem a estrear pela seleção brasileira: com 17 anos, 3 meses e 23 dias, em um Brasil x Colômbia pelas Eliminatórias.

Tudo antes de virar maior de idade. “Meus companheiros não têm que me tratar como um garoto de 17 anos, como um adolescente… têm que me tratar como um adulto”, disse Endrick em entrevista à PLACAR de fevereiro na Granja Comary, em Teresópolis.

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O “adulto” de apenas 17 anos colhe os louros, mas também vive as consequências de uma precocidade inevitável. Precisa hoje completar os estudos a distância, não pode ir ao parque de diversões com o irmão mais novo nem sair às ruas com a família ou a namorada, a modelo Gabriely Miranda, quatro anos mais velha.

Ele conta já ter ficado abatido pelas pressões – o técnico Abel Ferreira chegou a clamar publicamente por cuidado –, mas encontrou um remédio: o distanciamento de quase tudo o que falam ou pensam. Não acompanha mais o noticiário e faz uso moderado das redes sociais. “Eu nem olho, não ligo. Ligava antes, quando eu tinha 15 anos”, explica. “As pessoas falam, falam, mas nem presto atenção direito.”

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Sem tatuagens, brincos ou adereços comuns ao estereótipo dos boleiros, ele tem Cristiano Ronaldo como sua principal referência esportiva e metas audaciosas, apesar da pouca idade: resgatar o amor pela seleção e se tornar um herói nacional. “Tenho o objetivo de ser um ídolo não só para algumas pessoas, mas para todos: idosos, criancinhas, adultos… Estou trabalhando para isso.”

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Aos 17 anos, Endrick desafia o relógio. Aceitou saltar boa parte dos medos, sabores e novidades da juventude, descritas com leveza no poema “O Adolescente”, de Mário Quintana (1906-1994):

“Adolescente, olha! A vida é nova…
A vida é nova e anda nua
— vestida apenas com o teu desejo!”

Capa Endrick - PLACAR de fevereiro de 2024
Endrick: ‘Quero ser um ídolo’, a segunda capa do prodígio em PLACAR – Reprodução/Placar

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