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Guilherme Madruga exalta chance no Cuiabá e já sonha com novo Puskás

Em entrevista à PLACAR, meio-campista de 23 anos relembrou momento mágico no Fifa The Best e projetou nova temporada, agora na elite nacional

Guilherme Madruga parecia não acreditar ao ser chamado ao palco para receber das mãos do francês Thierry Henry o prêmio Puskás de gol mais bonito de 2023, durante cerimônia do Fifa The Best, em Londres, em 15 de janeiro. O meio-campista mato-grossense de 23 anos emocionou os presentes ao dedicar o improvável troféu aos pais e ao irmão que sempre o incentivaram a arriscar, como no tento de bicicleta atuando pelo Botafogo de Ribeirão Preto (SP), que rodou o mundo. Em um novo desafio, agora no Cuiabá, Madruga concedeu entrevista exclusiva à PLACAR e já pensa, por que não, em novos golaços e premiações.

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Guilherme Madruga venceu o Puskás pelo gol marcado pelo Botafogo diante do Novorizontino, pela Série B do Brasileirão, igualando os feitos dos compatriotas Neymar (2011) e Wendel Lira (2015). Sempre com um sorriso orgulhoso no rosto, ele nega que o lance tenha sido obra do acaso.

“Eu treino para sair de qualquer situação na hora do jogo. Estava entre três marcadores e tive que pensar rápido. Não sei nem muito explicar, mas se eu domino a bola eu ia perder, então eu fiz e fui feliz. A execução foi perfeita, a força também. Passou por cima do Jordi e morreu na rede. Foi um absurdo, algo inesperado. Não tenho como falar que eu treino a bicicleta, é algo surreal”, detalhou.

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Guilherme Miranda Madruga Gomes, nascido dia 11 de novembro de 2000, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, é um meio-campista de passadas largas. Foi formado pelo Desportivo Brasil, de Porto Feliz, no interior de São Paulo, passou pelo Catanduva e se destacou pelo Botafogo-SP, antes de ter sua primeira grande chance na elite.

Titular em boa parte dos jogos da Pantera na Série B de 2023, o jovem chamou a atenção do Cuiabá, clube no qual decidiu jogar neste ano. Agora, com o status de vencedor do Puskás e com moral, Madruga terá a chance de disputar a Série A, além de poder estrear em uma Copa Sul-Americana.

Recém-chegado à capital mato-grossense, o meia ainda vive período de adaptação. À PLACAR, relatou que o início contou com “corrida” por roupas para a premiação na Inglaterra. “Na primeira semana conheci todos os shoppings, atrás de sapato e terno. Mas hoje eu já estou mais adaptado. Encontrei minha casa, meus pais também. Os companheiros são muito receptivos, os colegas do campo, a comissão, o staff em geral. O calor aqui é maior, mas espero me adaptar a esse calor o mais rápido possível”, contou Guilherme.

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Novo reforço do ambicioso Dourado, o meio-campista também rasgou elogios à estrutura da sua nova casa. “Foi uma escolha super boa vir para o Cuiabá. Tem essa estrutura que eles vêm montando, são quatro anos na Série A. É disso que eu preciso e espero fazer melhor meu trabalho aqui. Espero evoluir muito e fazer uma boa temporada.”

Parece surreal, mas Madruga já se permite sonhar com o bi do Puskás. Contra o mesmo Novorizontino, mas já no segundo turno da última Série B, o “homem dos golaços” voltou a viralizar por nova façanha. Em tento fora do período considerado pela Fifa para o último prêmio, tentou um chute antes do meio do campo e concluiu com perfeição.

“Naquele eu pensei muito rápido, eu domino a bola, olho pra frente e não tem muita gente, não tem ninguém pra eu tocar, e o Jordi está fora do gol. Então a única coisa que eu pensei foi mandar a bola e foi um gol que eu gostei bastante também. Nesse eu consigo ver a bola indo pro gol e o de bicicleta eu não consegui ver, né?”, relembrou.

Pela plasticidade do lance, Guilherme não nega o sonho de concorrer ao prêmio mais uma vez e já projeta nova campanha. “Vamos ver se a gente consegue essa campanha #MadrugaPuskas de novo. Foi um gol que eu achei muito lindo e espero estar concorrendo novamente.”

Ficar conhecido “apenas” como artilheiro, entretanto, não está nos planos do novo reforço do Dourado. Para isso, aposta na versatilidade de hoje um, segundo ele, meio-campista capaz de executar várias funções, mas que começou a trilhar sua história um pouco atrás.

Puskas ja foi vencido por três brasileiros – Guilherme Azevedo / PLACAR

“Tenho mais facilidade de marcar porque eu comecei a minha carreira de zagueiro e primeiro volante. Só que eu tento evoluir a minha parte ofensiva. Gosto de ser segundo volante, jogar de terceiro homem, pisar mais na área. Tento entregar tudo isso e ser um jogador completo, que marca e que sai jogando”, analisou seu próprio estilo.

Entre as referências profissionais, nomes de peso não faltam, mas um em especial é visto com admiração, além de certa semelhança. Entre amigos, Guilherme Madruga é sempre apontado como parecido com Lucas Paquetá, meia brasileiro destaque do West Ham.

O garoto do Cuiabá não se incomoda com a brincadeira, mas garante estar acima – ao menos no quesito estético. “Acho parecido. Sou mais bonito, né? Tenho que votar em mim”, brincou.  “Todo mundo brinca com parecer o Paquetá. Meu irmão pede para eu fazer a dancinha quando fizer gol. E é outro jogador também que eu admiro muito, ele marca e joga ao mesmo tempo, na mesma qualidade. É uma inspiração. Levo isso na brincadeira, porque gosto muito dele”, completou.

Guilherme Madruga tem sete jogos, um gol e duas assistências nesta temporada. O meio-campista foi titular quatro vezes em 2024 e vem ganhando espaço no Cuiabá.

Guilherme Madruga, meio-campista do Cuiabá – AssCom Dourado
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