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GRUPO D – Islândia: carisma no grito e na bola

Coreografia da torcida e futebol que evoluiu nos últimos anos são a fórmula viking para ilha nórdica seguir como sensação

Se houvesse uma premiação de “equipe simpatia”, a Islândia já chegaria à Copa do Mundo da Rússia com o troféu na mão. Bastariam as façanhas recentes de seus jogadores em campo, representando um país de pequenas dimensões (um pouco maior do que Pernambuco) e de somente 339 mil habitantes (população superior apenas à de Palmas, comparando com as capitais brasileiras), mas ainda há a festa de sua torcida como trunfo. O “grito viking”, caracterizado por urros acompanhados de palmas sincronizadas, deverá contagiar os estádios russos, como aconteceu na Eurocopa de 2016.

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Tabela completa de jogos da Copa do Mundo 2018

A modesta seleção nórdica chegou ao torneio europeu superando a tradicional Holanda nos jogos classificatórios. Empatou com Portugal de Cristiano Ronaldo (que seria campeão) na estreia, seguiu invicta na fase de grupos e venceu a Inglaterra nas oitavas. Só parou na França, mas saiu aplaudida. Enganaram-se os que pensaram ter sido uma história isolada. Nas Eliminatórias Europeias para a Copa de 2018, foi líder de seu grupo, superando países mais tradicionais, como Croácia (terceira colocada em 1998), Turquia (semifinalista em 2002) e Ucrânia (quartas em 2006). A Croácia, aliás, conseguiu vaga na repescagem e reencontra os islandeses no Grupo D.

A boa fase da Islândia é fruto de planejamento. A federação local aproveitou um programa de estímulo financeiro da Fifa para implantar campos de futebol cobertos e enfrentar os meses de intenso frio, antes ociosos. Também fomentou a formação de treinadores. Reflexo na seleção principal: o técnico que levou o país à Copa, Helmir Hallgrímsson, é islandês. Antes, trabalhara como auxiliar do sueco Lars Lagerback, que ficou até a boa campanha na Euro.

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Aquelas histórias de jogadores semiprofissionais, com outras atividades para complementar renda, fazem parte do passado. À exceção do experiente lateral-direito Saevarsson, que atua no Valur, todos os selecionados (chamados de “nossos meninos” pelos torcedores) jogam no exterior. Os destaques são os zagueiros Ragnar Sigurdsson e Ingason (ambos do Rostov, da Rússia), o volante e capitão Gunnarsson (do galês Cardiff City) e o atacante Gudmundsson (PSV, da Holanda).

O craque do time é Gylfi Sigurdsson, a contratação mais cara da história do Everton, comprado do também inglês Swansea por 49 milhões de euros no início da atual temporada. Uma lesão no joelho esquerdo, no início de março, causou apreensão. Do bom retorno do meia-atacante depende mais uma carismática intromissão entre os grandes.

A missão na primeira fase não é fácil. A Islândia, teoricamente, briga por uma das duas vagas com Croácia e Nigéria no Grupo D. A Argentina é favorita.

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