Nos últimos anos, o uso de gramados sintéticos em estádios de futebol tem gerado debates acalorados no Brasil. A principal motivação para a adoção desse tipo de superfície é a redução de custos de manutenção, que representa cerca de 25% do valor necessário para a manutenção de um gramado natural. Apesar das vantagens econômicas, jogadores renomados, como Neymar e Thiago Silva, expressaram preocupações sobre os impactos negativos no desempenho e na saúde dos atletas.

Atualmente, estádios como o Allianz Parque e a Ligga Arena utilizam gramados sintéticos, destacando-se pela durabilidade e menor dependência das condições climáticas. No entanto, a crítica dos jogadores se concentra nos riscos de lesões e nas diferenças na dinâmica do jogo. A discussão não é exclusiva do Brasil, já que o uso de gramados artificiais varia significativamente ao redor do mundo.

Gramado sintético pode ser até 75% mais barato
André Avelar / PLACAR

Quais são os riscos associados aos gramados sintéticos?

Estudos sobre a segurança dos gramados sintéticos apresentam resultados variados. Uma pesquisa da Washington University School of Medicine indicou um aumento de 58% nas chances de lesões em gramados artificiais entre atletas amadores. Por outro lado, a revista Injuries of Sports Medicine revelou que 53% dos estudos não encontraram diferenças significativas na incidência de lesões entre gramados naturais e sintéticos.

Além disso, um estudo realizado na Major League Soccer (MLS) mostrou que, embora a taxa geral de lesões seja semelhante entre os dois tipos de gramado, há uma maior incidência de problemas no tornozelo em campos sintéticos. A  também identificou um risco elevado de lesão no  para jogadoras em gramados artificiais.