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Giba: “Com o coração apertado, me despeço das quadras”

Tricampeão mundial de 37 anos, que estava sem clube, decide parar

Depois de anunciar sua aposentadoria nesta sexta-feira, em entrevista ao Jornal Nacional, o agora ex-jogador de vôlei Giba, de 37 anos, publicou uma carta nas redes sociais dizendo estar com o “coração apertado” por se despedir das quadras. “Tomei uma decisão, talvez a mais dolorida até aqui. Chegou a hora de parar”, escreveu.

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Giba foi três vezes medalhista olímpico e tricampeão mundial de vôlei. Ele estava sem clube desde que passou três meses jogando pelo Al Nasr, de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Na mensagem, o ex-jogador afirma que dará continuidade a projetos que tem em andamento.

Natural de Londrina, no Paraná, Giba começou a carreira no Canadá Country Club, time da cidade. Entre 2001 e 2010, a melhor fase de sua carreira, o ex-jogador ajudou o Brasil a ganhar oito vezes a Liga Mundial de Vôlei. Há alguns anos, o papel do ponteiro passou a ser mais o de líder do grupo do técnico Bernardinho do que o de atleta dentro de quadra.

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Leia a carta publicada por Giba:

“Desde 1989, quando comecei minha carreira de jogador de vôlei, até 2014, cresci muito. Foram 25 anos em que passei por diversas fases na vida. Cresci. De menino, que se curou de uma leucemia aos seis meses, a homem, pai de duas crianças, os meus maiores amores. Enfrentei dificuldades, superei obstáculos. Ganhei e perdi. Chorei, de tristeza e de alegria, e sorri mais ainda. Foram inúmeras conquistas. Prêmios individuais. Conquistas coletivas. Oito vezes a Liga Mundial. Tricampeão do mundo. Título olímpico, Copa do Mundo. Sul-Americano, Copa dos Campeões. Fui eleito seis vezes o melhor do mundo. MVP (sigla para “jogador mais valioso”, em inglês) de todas as competições que disputei, ao menos uma vez. Ganhei fãs, com os quais aprendi e continuo aprendendo. Ganhei amigos, que vou levar para a vida toda. Sou grato a todos por tudo que vencemos juntos. Minha carreira não foi só de alegrias, claro. Falhei, sim. Quem não falha? Perdi. Mas me reergui.

Hoje, dia 01 de agosto de 2014, tomei uma decisão, talvez a mais dolorida até aqui. Chegou a hora de parar. Com o coração apertado, me despeço das quadras, minha casa por 25 anos. Agradeço a todos que estiveram comigo nesta caminhada e contribuíram para o sucesso não só meu, mas do vôlei do nosso país. Isso é o que mais importa, no fim das contas. Espero ter ajudado vocês também, que tenha sido inspiração para alguns. Agora vou me dedicar a muitos projetos que tenho em andamento. Espero que o #gibaneles fique sempre no coração de cada um.”

(Com Estadão Conteúdo)

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