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Flamengo x Palmeiras: as finais entre clubes compatriotas na Libertadores

Esta será a quinta decisão entre equipes do mesmo país; relembre

A final da Copa Libertadores entre Flamengo e Palmeiras, no próximo sábado 27, em Montevidéu, será a quinta decisão do torneio entre equipes de um mesmo país. Antes, o feito ocorrera apenas em 2005, 2006, 2018 e 2020 (um número relativamente pequeno para 62 edições). Além da sorte, outros fatores ajudam a explicar a baixa incidência: nos primórdios, a competição recebia menos equipes de cada país e, até pouco tempo atrás, a Conmebol inibia um possível encontro de conterrâneas na final ao montar os cruzamentos anteriores.

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Entre 2007 e 2017, a entidade sempre direcionou duelos entre equipes do mesmo país nas semifinais. A decisão foi tomada logo após duas finais 100% brasileiras, a de 2005 entre São Paulo e Atlético Paranaense (até então sem H), e 2006, entre São Paulo e Internacional. Após a retomada, os outros duelos foram entre os argentinos Boca Junior e River Plate, disputado em solo espanhol, e no ano passado entre Santos e Palmeiras, com a final única no Maracanã. Relembre:

2005- São Paulo x Atlético Paranaense

Em 2004, Rogério Ceni levantou a taça de Campeão da América e foi escolhido o melhor jogador da edição da Libertadores
O goleiro Rogério Ceni, do São Paulo, comemorando a conquista da Copa Libertadores da América 2005, após vencer o Atlético Paranaense por 4 x 0, no estádio do Morumbi.

Criada em 1960, a Libertadores é a principal competição internacional do continente. A primeira vez em que clubes do mesmo país disputaram a final da Libertadores foi em 2005, com São Paulo e Atlético-PR. Disputado em duas partidas de ida e volta, o primeiro jogo terminou em 1 a 1, e apesar do mandante ser o Furacão, o jogo aconteceu no Beira-Rio, em Porto Alegre, pois a Conmebol impediu a realização do jogo na Arena da Baixa devido a um impasse com a capacidade do estádio.

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No jogo da volta, no Morumbi, o São Paulo, comandado pelo técnico Paulo Autuori, sagrou-se campeão ao golear o Atlético por 4 a 0, com gols de Amoroso, Fabão, Luizão e Diego Tardelli. Com o caneco daquele ano, o time paulista, campeão em 1992 e 1993, carimbou o tricampeonato. O capitão Rogério Ceni, atual técnico tricolor, foi escolhido o melhor jogador da final da Copa Libertadores da América e o melhor Goleiro do torneio.

 

2006- Internacional x São Paulo

Fernandão, do Internacional, comemorando a conquista do Copa Libertadores da América em jogo contra o São Paulo, no Estádio Beira-Rio.
Fernandão, do Internacional, comemorando a conquista do Copa Libertadores da América em jogo contra o São Paulo, no Estádio Beira-Rio.

A segunda final entre conterrâneos não demorou a acontecer. No ano seguinte, 2006, o então campeão São Paulo encarou o Internacional na decisão. No primeiro jogo, os colorados venceram por 2 a 1, no Morumbi, com gols de Rafael Sobis, e garantiram a vantagem do empate. Em Porto Alegre, o jogo, acirrado, terminou com placar de 2 a 2, com gols de Fernandão, que abriu o placar para o Internacional, Fabão, empatou para os são paulinos, Tinga, de êxtase ao desespero ao marcar o segundo para o colorado, e ser expulso na comemoração, por fim, aos 40 da segunda etapa, Jenílson marcou o gol de empate. Na emoção e na pressão, e graças a vantagem do primeiro jogo, o Inter dirigido por Abel Braga sagrou-se campeão inédito da Libertadores naquele ano. O ídolo e capitão Fernandão, morto em um acidente aéreo em 2014, foi quem levantou o inédito caneco para o clube.

2007: o regulamento

Na tentativa de evitar o feito das últimas decisões, em 2007, a Conmebol divulgou uma nova regulamentação que dificultava que times do mesmo país decidissem a final do torneio. Nela ficava definido que “caso dois clubes de uma mesma associação nacional cheguem a fase semifinal, eles deverão se encontrar”. Na época, os confrontos das oitavas e quartas eram definidos mediante o desempenho da equipe na fase de grupo, mas a partir da mudança tornava-se obrigatório que as equipes do mesmo país se enfrentassem na semifinal para evitar o cruzamento na decisão. O regulamento ficou em atividade até 2017, quando foi revogada por completo.

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2018: a terceira final, dessa vez, entre argentinos

O ano 2018 registrou a final mais tensa, repleta de rivalidade e com um fim insólito. O superclássico argentino entre Boca Juniors e River Plate registrou a terceira final entre compatriotas. O primeiro jogo aconteceu no mítico estádio de La Bombonera, em partida que terminou em 2 a 2. O jogo da volta, no entanto, precisou ser remarcado após o ônibus no qual a delegação do Boca estava, ser apedrejado por torcedores do adversário, no trajeto até estádio Monumental de Nuñez, onde aconteceria a partida. Depois de discussões extracampos sobre as consequências do ataque, o segundo jogo foi realizado em campo neutro, em pleno Santiago Bernabéu, a casa do Real Madrid, na Espanha. Em uma final histórica sob todos os aspectos, o River venceu, de virada e na prorrogação, por 3 a 1 e ergueu a taça pela quarta. Os gols da partida foram marcados por Benedetto, para o Boca, e Lucas Pratto, Juanfer Quinteros e Pity Martínez para os “Millionarios”.

Foto da partida do River Plate x Boca Juniors correspondente à final do retorno da Copa Libertadores de 2018, realizada no estádio Santiago Bernabeu
Jogadores do River comemoram o seu quarto título no Santiago Bernabéu

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2020: Santos e Palmeiras, a primeira em final única

A quarta decisão da Libertadores entre conterrâneos aconteceu entre as equipes paulistas Santos e Palmeiras, em 2020. Diferentemente das outras finais, as equipes se enfrentaram em jogo único disputado no Maracanã, em partida que teve que ser adiada para janeiro de 2021, e com número reduzidíssimo de torcedores, devido a pandemia do coronavírus. Em campo, o Verdão derrotou o Santos por 1 a 0 nos minutos finais, com gol de Breno Lopes, e sagrou-se bicampeão do torneio.

Felipe Melo, do Palmeiras, levantando a taça da Libertadores da América 2020, no Maracanã
Felipe Melo, do Palmeiras, levantando a taça da Libertadores da América 2020, no Maracanã
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