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FIA conclui que erro de Bianchi causou acidente no Japão

De acordo com a entidade, piloto francês não freou o suficiente para evitar a perda do controle do carro. Ele segue internado em estado crítico

A comissão especial criada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para investigar o grave acidente de Jules Bianchi durante o GP do Japão de Fórmula 1 concluiu que o piloto francês foi o principal responsável pela batida. Após a análise das evidências, o relatório sobre o caso indica que Bianchi “não reduziu o suficiente para evitar a perda do controle do carro no mesmo ponto da pista que Adrian Sutil”. Uma volta depois de Sutil perder o controle na curva sete do circuito de Suzuka, Bianchi saiu da pista no mesmo local e se chocou contra o guindaste que retirava a Sauber do piloto alemão.

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Além disso, a FIA não deu muita importância para a presença de um trator na área de escape sem que o safety-car fosse acionado e se eximiu de culpa. Bianchi segue internado, agora em Nice, na França, e seu estado de saúde permanece crítico, porém estável. Ele deixou recentemente o coma induzido, mas segue inconsciente.

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O documento de 396 páginas foi produzido por grandes nomes da categoria, entre eles o ex-piloto brasileiro Emerson Fittipaldi, o ex-diretor da Mercedes, Ross Brawn, e o ex-chefe de equipe da Ferrari, Steffano Domenicali. As conclusões foram aceitas pelo Conselho Mundial da FIA, que também ratificou as mudanças propostas pelo grupo para aprimorar a segurança dos pilotos durante as provas.

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A principal recomendação é a redução dos limites de velocidade nas regiões sob dupla bandeira amarela, caso do acidente de Bianchi. Foi descartada a ideia de implementar cockpits totalmente fechados nos carros. Segundo a comissão, uma medida assim não teria diminuído as lesões de Bianchi. “Não teria havido um resultado prático devido às forças intensas geradas no choque de um carro de 700 quilos com um guindaste de 6.500 a uma velocidade de 126 km/h. A estrutura de um Fórmula 1 é insuficiente para absorver a energia de um impacto semelhante sem destruir a célula de sobrevivência do piloto”, diz o relatório.

A FIA divulgou um resumo de suas conclusões, divididas em onze itens. No sétimo deles, a entidade afirma que um dispositivo de segurança exclusivo da equipe Marussia contribuiu para o acidente. “Durante os dois segundos em que o carro de Bianchi deixou a pista e atravessou a área de escape, ele acionou o acelerador e o freio simultaneamente, utilizando ambos os pés. O algoritmo ‘FailSafe’ é projetado para sobrepor-se ao acelerador e cortar o motor, mas foi inibido pelo ‘Coordenador de Torque’ que controla o sistema ‘brake-by-wire’ traseiro. A Marussia de Bianchi possuía um design único do ‘brake-by-wire’ que provou ser incompatível com as configurações do ‘FailSafe’”, diz o texto. A FIA destaca ainda que “todos os procedimentos médicos e de resgate de emergência foram efetuadas e suas realizações contribuíram de forma significativa para salvar a vida de Bianchi”.

(Com agência EFE)

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