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Família de Endrick é alvo de racismo no Pré-Olímpico

Casos aconteceram durante e após vitória do Brasil sobre a Venezuela; CBF repudiou o crime e se solidarizou com as vítimas

Endrick divulgou em vídeo um ato de racismo contra seus familiares durante a vitória do Brasil sobre a Venezuela, no estádio Brígido Iriarte, em Caracas, pelo Pré-Olímpico. Um torcedor venezuelano, identificado usando a camisa do país, foi filmado imitando um macaco em direção ao pai do jogador, Douglas Ramos, enquanto fazia gestos e lançava objetos em direção aos brasileiros presentes.

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Endrick compartilhou o vídeo do incidente, expondo a intolerância e cobrou a necessidade de ações para combater o racismo no futebol e na sociedade. A Conmebol, entidade que administra o futebol sul-americano, foi marcada no post e não respondeu. Logo depois, o jogador apagou a publicação.

Desculpa pai, por esse momento. Desculpa padrinho, por esse momento. Infelizmente aconteceu com minha família e amigos, mas Deus sabe de todas essas coisas”, tinha escrito no post.

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Em entrevista à PLACAR de fevereiro, o atacante do Palmeiras, vendido ao Real Madrid, falou sobre a luta, mas diz não a temer preconceito na Espanha. “Como já falei: sempre vou seguir na luta [contra o racismo], sempre vou tentar ajudar o Vini e a todos que sofrem com isso. Vou estar junto de todos. É algo que minha mãe já falou para mim, sempre conversou comigo. Não vai me abalar em nada, para mim é tranquilo.”

Com assistência de Endrick e gol de Biro, o Brasil bateu a Venezuela por 2 a 1 e segue na disputa por vaga nos Jogos de Paris (joga por um empate no clássico contra a Argentina, na última rodada)

Sobre o caso de racismo, a CBF se manifestou publicamente, em nota oficial. Confira:

A CBF repudia os atos de racismo cometidos contra familiares do jogador Endrick ocorridos na noite dessa quinta-feira no Estádio Brígido Iriarte, em Caracas, durante e após o jogo em que a Seleção Brasileira Pré-Olímpica venceu a Venezuela por 2 a 1.

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As manifestações de criminosos com camisas da seleção adversária eram dirigidas notadamente ao pai de Endrick, Douglas Ramos. Eles faziam gestos imitando macacos.

Tão logo informado sobre o episódio, o chefe da delegação da Seleção Brasileira na Venezuela, Daniel Vasconcelos, em nome do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, se solidarizou com o atleta e seus familiares.

A CBF foi a primeira entidade nacional de futebol do mundo a adotar no Regulamento Geral de Competições a possibilidade de punir esportivamente um clube em caso de racismo. A novidade foi incluída no RGC de 2023.

Desde 2022, a CBF faz uma série de campanhas de combate ao racismo no futebol. E conta com um Grupo de Trabalho que discute de forma permanente o assunto.

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