A escuderia Marussia levará apenas um de seus carros, o do britânico Max Chilton, à pista no Grande Prêmio da Rússia de Fórmula 1. Para demonstrar respeito e apoio ao francês Jules Bianchi, que sofreu grave acidente no último domingo, no Japão, só Chilton disputou o primeiro treino livre, nesta sexta-feira, no circuito de Sochi. Isso será mantido nas demais sessões realizadas na Rússia e também na corrida de domingo. Além de entrar com um só carro na pista, a escuderia decidiu usar só metade de sua garagem na Rússia, mantendo na outra parte o nome de Bianchi e toda estrutura que habitualmente rodeia o piloto.
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Bianchi, de 25 anos, sofreu uma grave lesão cerebral após se chocar contra o guindaste que retirava o carro do alemão Adrian Sutil, da Sauber, que saiu da pista no mesmo trecho que o piloto da Marussia. Abalados pelo grave acidente do francês, todos os pilotos levam em seus capacetes mensagens de apoio ao francês. Bianchi segue internado no Hospital Geral de Mie, próximo ao circuito de Suzuka, em estado crítico, mas estável, segundo o último boletim médico, divulgado na terça-feira. Na quinta, a Marussia chegou a listar o americano Alexander Rossi, de 23 anos, piloto reserva da equipe, como possível substituto de Bianchi. Rossi, no entanto, permanecerá apenas como reserva de Chilton.
Treino – O alemão Nico Rosberg (Mercedes) marcou o melhor tempo na primeira sessão preparatória para o primeiro GP a ser realizado na Rússia, no balneário de Sochi, palco da última edição da Olimpíada de Inverno. Rosberg registrou a marca de 1m42s311, ficando à frente de seu companheiro de equipe, o britânico Lewis Hamilton, que marcou 1m42s376. O também britânico Jenson Button (McLaren) ficou com o terceiro melhor tempo (1m42s507). O brasileiro Felipe Massa (Williams) terminou a sessão com a 11ª posição (1m42s741), 199 milésimos mais lento que seu companheiro de equipe, o finlandês Valterri Bottas, que conquistou o 10º tempo (1m42s542).
No segundo treino livre, Hamilton foi o mais rápido, completando o circuito em 1m39s630, à frente do dinamarquês Kevin Magnussen (McLaren), que surpreendeu ao marcar o segundo tempo da sessão (1m40s494). O espanhol Fernando Alonso (Ferrari) fez o terceiro tempo, com 1m40s504. Rosberg caiu para a quarta posição (1m40s542). Já Massa melhorou seu tempo e sua colocação: saltou para a sétima posição, completando a volta em 1m40s731, mas ainda atrás de seu companheiro de equipe, o filandês Valtteri Bottas, que obteve o quinto melhor tempo (1m40s573). A definição do grid acontece às 8 horas de sábado (no horário de Brasília), mesmo horário da corrida, no domingo.
Próximas provas
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Yas Marina |
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1. Novos motores V6 turbinados
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(Darrian Traynor/Getty Images/)
Em 2013, os motores V8, de 2.4 litros, com cerca de 760 cv, conseguiam um adicional de 80 cv durante seis segundos a cada volta com o auxílio do sistema de recuperação de energia cinética (Kers). Os novos motores V6 turbinados, de 1.6 litro, produzirão cerca de 600 cv, mas com dois novos sistemas – ERS-K, que converte a energia cinética da desaceleração em energia elétrica; e ERS-H, que converte o giro da turbina em eletricidade – darão adicional de 160 cv por 33 segundos a cada volta. E em 2013 os pilotos podiam usar até oito motores numa temporada, mas agota o limite são de cinco. no ano.
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2. Escapamento único e centralizado
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(Mark Thompson/Getty Images/)
Antes, os carros possuíam dois canos de escapamento, mas agora será apenas um, centralizado, num local mais alto e na asa traseira. A mudança afeta as equipes que utilizavam o fluxo de gases do duplo escapamento para melhorar o desempenho aerodinâmico.
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3. Chassi e nariz reduzidos
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(Mark Thompson/Getty Images/)
Por motivos de segurança, a altura do chassi do carro foi reduzida de 625 milímetros para 525, e a do nariz de 550 milímetros para 185. A medida serve para diminuir a chance de os carros decolarem em colisões com pneus de outros veículos durante as corridas. Os pilotos também devem sentir a mudança – seus pés estarão 100 milímetros mais baixos do que em 2013. A novidade mudou drasticamente o design dos carros nesta temporada.
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4. Aumento do peso mínimo do carro mais o do piloto
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(Andrew Hone/Getty Images/)
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O peso mínimo do carro somado ao do piloto aumentou de 642 para 690 quilos. A medida serve para compensar o aumento do peso do novo motor e de seus sistemas associados. Alguns pilotos acreditam que a regra dê mais vantagens aos corredores mais baixos (e mais magros).
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5. Asa traseira menor
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(Mark Thompson/Getty Images/)
O local onde a asa traseira fica localizada será 20 milímetros menor. Além disso, a asa menor da base, embaixo do aerofólio foi abolida, e a aba do DRS (sistema de redução de arrasto, que auxilia nas ultrapassagens) terá uma abertura de 6,5 centímetros, contra 5 do ano passado. Assim, haverá menos pressão aerodinâmica, aumentando a tendência de derrapagem traseira.
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6. Asa dianteira mais estreita
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A asa dianteira ficou mais estreita, passou de 1.800 milímetros, em 2013, para 1.650 milímetros. A mudança serve para garantir a segurança na região da cabeça dos pilotos em possíveis acidentes. A redução muda o projeto de aerodinâmica dos carros.
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7. Limite de combustível
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(Andrew Hone/Getty Images/)
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Em 2013, sem um limite, os carros utilizavam, em média, 160 quilos de combustível por corrida. Nesta temporada, só será permitido o uso de 100 quilos em cada GP. As equipes terão de encontrar estratégias para usar o combustível e torná-lo o mais eficiente possível.
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8. Câmbio com relaçao de marchas fixa
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(Paul Gilham/Getty Images/)
O câmbio passou das sete marchas do ano passado para oito, e os pilotos só poderão mudar a relação de marchas uma vez na temporada, para uma eventual correção – até 2013, eram permitidas regulagens de relação de marchas para cada tipo de pista. Cada piloto também terá de utilizar a mesma caixa de câmbio em pelo menos seis corridas consecutivas.
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1. Fernando Alonso (Ferrari)
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(AFP/)
20 milhões de euros (65 milhões de reais)
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2. Lewis Hamilton (Mercedes)
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(Rodrigo dos Anjos/AgNews/)
20 milhões de euros (65 milhões de reais)
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3. Jenson Button (McLaren)
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(Mark Thompson/Getty Images/)
16 milhões de euros (52 milhões de reais)
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4. Sebastian Vettel (Red Bull)
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(Ivan Pacheco/)
16 milhões de euros (52 milhões de reais)
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5. Nico Rosberg (Mercedes)
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(Marcelo del Pozo/Reuters/)
11 milhões de euros (36 milhões de reais)
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6. Kimi Raikkonen (Ferrari)
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(Roman Rios/EFE/)
10 milhões de euros (32 milhões de reais)
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7. Felipe Massa (Williams)
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4 milhões de euros (13 milhões de reais)
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8. Daniel Ricciardo (Red Bull)
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(Mark Thompson/Getty Images/)
2,5 milhões de euros (8 milhões de reais)
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9. Sergio Pérez (Force India)
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(Clive Rose/Getty Images/)
2 milhões de euros (6,5 milhões de reais)
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10. Romain Grosjean (Lotus)
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(Ivan Pacheco/)
1,5 milhão de euros (4,9 milhões de reais)
As equipes e pilotos
Equipe |
Pilotos |
Red Bull |
Sebastian Vettel (Alemanha) |
Daniel Ricciardo (Austrália) |
Ferrari |
Fernando Alonso (Espanha) |
Kimi Raikkonen (Finlândia) |
McLaren |
Jenson Button (Grã-Bretanha) |
Kevin Magnussen (Dinamarca) |
Lotus |
Pastor Maldonado (Venezuela) |
Romain Grosjean (França) |
Mercedes |
Nico Rosberg (Alemanha) |
Lewis Hamilton (Grã-Bretanha) |
Sauber |
Esteban Gutiérrez (México) |
Adrian Sutil (Alemanha) |
Force India |
Nico Hulkenberg (Alemanha) |
Sérgio Pérez (México) |
Williams |
Felipe Massa (Brasil) |
Valtteri Bottas (Finlândia) |
Toro Rosso |
Daniil Kvyat (Rússia) |
Jean-Eric Vergne (França) |
Caterham |
Andre Lotterer (Alemanha) |
Marcus Ericsson (Suécia) |
Marussia |
Jules Bianchi (França) |
Max Chilton (Grâ-Bretanha) |
(Com agência EFE)
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