A Fórmula 1 chega à Rússia neste fim de semana cerca de três décadas depois das primeiras declarações do chefão da categoria, Bernie Ecclestone, sobre a possibilidade de incluir o país no campeonato
Em clima de consternação pelo grave acidente sofrido por Jules Bianchi, da Marussia, a Fórmula 1 viajou nesta semana do Japão para a Rússia. O país receberá pela primeira vez uma prova da categoria, no circuito de Sochi. O piloto francês, que faz parte dos quadros da Ferrari, continua internado, em estado crítico porém estável, no Hospital Geral de Mie, na cidade japonesa de Yokkaichi. Por causa do acidente, ocorrido quando o carro da Marussia de Bianchi se chocou com um guindaste, na curva 7 do circuito de Suzuka, diversos pilotos já anunciaram que correrão na Rússia com mensagens de apoio ao piloto francês. A preocupação dos colegas com o estado de saúde de Bianchi e as discussões sobre as falhas que acabaram permitindo a batida ofuscaram os primeiros compromissos da agenda da categoria na Rússia, nesta quinta-feira.
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O britânico Lewis Hamilton, da Mercedes, levará no capacete o nome de Bianchi numa prova em que busca a quarta vitória consecutiva na temporada. Hamilton tenta ampliar a vantagem que tem para o companheiro de time, o alemão Nico Rosberg, na ponta da tabela. O campeão mundial em 2008 chegou a 266 pontos com a vitória em Suzuka, ficando 10 à frente do principal rival, o segundo em Suzuka. Ainda com chance de título, o australiano Daniel Ricciardo, da Red Bull, é o terceiro, com apenas 193 pontos. Felipe Massa, um dos pilotos que mais se abalaram com o acidente de Bianchi – de quem é amigo -, tentará ampliar na Rússia a sequência de provas terminadas na zona de pontuação. Dos 71 pontos que conquistou na temporada, 31 foram nos três últimos GPs, com o terceiro lugar na Itália, o quinto em Cingapura e o sétimo no Japão.
A Fórmula 1 chega à Rússia neste fim de semana cerca de três décadas depois das primeiras declarações do chefão da categoria, Bernie Ecclestone, sobre a possibilidade de incluir o país no campeonato. A primeira ideia foi a realização de uma prova em circuito de rua que passaria pela Praça Vermelha, em Moscou. Mas o presidente do país, Vladimir Putin, conseguiu levar a corrida para o balneário de Sochi, palco também da Olimpíada de Inverno deste ano. A nova pista tem extensão de 5.848 metros e foi desenhada pelo engenheiro alemão Hermann Tilke. O GP da Rússia terá 53 voltas, somando um total de 309,7 quilômetros. O primeiro ronco dos motores no circuito de Sochi será ouvido nesta sexta-feira, às 3 horas (de Brasília). O treino de classificação e a prova estão marcados para sábado e domingo, respectivamente, às 8 horas.
Próximas provas
Data |
Local |
Autódromo |
12/10 |
Rússia |
Sochi |
02/11 |
Estados Unidos |
Austin |
09/11 |
Brasil |
Interlagos |
23/11 |
Abu Dhabi |
Yas Marina |
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1. Novos motores V6 turbinados
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(Darrian Traynor/Getty Images/)
Em 2013, os motores V8, de 2.4 litros, com cerca de 760 cv, conseguiam um adicional de 80 cv durante seis segundos a cada volta com o auxílio do sistema de recuperação de energia cinética (Kers). Os novos motores V6 turbinados, de 1.6 litro, produzirão cerca de 600 cv, mas com dois novos sistemas – ERS-K, que converte a energia cinética da desaceleração em energia elétrica; e ERS-H, que converte o giro da turbina em eletricidade – darão adicional de 160 cv por 33 segundos a cada volta. E em 2013 os pilotos podiam usar até oito motores numa temporada, mas agota o limite são de cinco. no ano.
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2. Escapamento único e centralizado
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(Mark Thompson/Getty Images/)
Antes, os carros possuíam dois canos de escapamento, mas agora será apenas um, centralizado, num local mais alto e na asa traseira. A mudança afeta as equipes que utilizavam o fluxo de gases do duplo escapamento para melhorar o desempenho aerodinâmico.
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3. Chassi e nariz reduzidos
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(Mark Thompson/Getty Images/)
Por motivos de segurança, a altura do chassi do carro foi reduzida de 625 milímetros para 525, e a do nariz de 550 milímetros para 185. A medida serve para diminuir a chance de os carros decolarem em colisões com pneus de outros veículos durante as corridas. Os pilotos também devem sentir a mudança – seus pés estarão 100 milímetros mais baixos do que em 2013. A novidade mudou drasticamente o design dos carros nesta temporada.
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4. Aumento do peso mínimo do carro mais o do piloto
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(Andrew Hone/Getty Images/)
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O peso mínimo do carro somado ao do piloto aumentou de 642 para 690 quilos. A medida serve para compensar o aumento do peso do novo motor e de seus sistemas associados. Alguns pilotos acreditam que a regra dê mais vantagens aos corredores mais baixos (e mais magros).
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5. Asa traseira menor
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(Mark Thompson/Getty Images/)
O local onde a asa traseira fica localizada será 20 milímetros menor. Além disso, a asa menor da base, embaixo do aerofólio foi abolida, e a aba do DRS (sistema de redução de arrasto, que auxilia nas ultrapassagens) terá uma abertura de 6,5 centímetros, contra 5 do ano passado. Assim, haverá menos pressão aerodinâmica, aumentando a tendência de derrapagem traseira.
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6. Asa dianteira mais estreita
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(Mark Thompson/Getty Images/)
A asa dianteira ficou mais estreita, passou de 1.800 milímetros, em 2013, para 1.650 milímetros. A mudança serve para garantir a segurança na região da cabeça dos pilotos em possíveis acidentes. A redução muda o projeto de aerodinâmica dos carros.
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7. Limite de combustível
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(Andrew Hone/Getty Images/)
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Em 2013, sem um limite, os carros utilizavam, em média, 160 quilos de combustível por corrida. Nesta temporada, só será permitido o uso de 100 quilos em cada GP. As equipes terão de encontrar estratégias para usar o combustível e torná-lo o mais eficiente possível.
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8. Câmbio com relaçao de marchas fixa
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(Paul Gilham/Getty Images/)
O câmbio passou das sete marchas do ano passado para oito, e os pilotos só poderão mudar a relação de marchas uma vez na temporada, para uma eventual correção – até 2013, eram permitidas regulagens de relação de marchas para cada tipo de pista. Cada piloto também terá de utilizar a mesma caixa de câmbio em pelo menos seis corridas consecutivas.
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1. Fernando Alonso (Ferrari)
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(AFP/)
20 milhões de euros (65 milhões de reais)
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2. Lewis Hamilton (Mercedes)
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(Rodrigo dos Anjos/AgNews/)
20 milhões de euros (65 milhões de reais)
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3. Jenson Button (McLaren)
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(Mark Thompson/Getty Images/)
16 milhões de euros (52 milhões de reais)
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4. Sebastian Vettel (Red Bull)
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(Ivan Pacheco/)
16 milhões de euros (52 milhões de reais)
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5. Nico Rosberg (Mercedes)
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(Marcelo del Pozo/Reuters/)
11 milhões de euros (36 milhões de reais)
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6. Kimi Raikkonen (Ferrari)
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(Roman Rios/EFE/)
10 milhões de euros (32 milhões de reais)
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7. Felipe Massa (Williams)
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(Divulgação/)
4 milhões de euros (13 milhões de reais)
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8. Daniel Ricciardo (Red Bull)
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(Mark Thompson/Getty Images/)
2,5 milhões de euros (8 milhões de reais)
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9. Sergio Pérez (Force India)
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(Clive Rose/Getty Images/)
2 milhões de euros (6,5 milhões de reais)
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10. Romain Grosjean (Lotus)
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(Ivan Pacheco/)
1,5 milhão de euros (4,9 milhões de reais)
As equipes e pilotos
Equipe |
Pilotos |
Red Bull |
Sebastian Vettel (Alemanha) |
Daniel Ricciardo (Austrália) |
Ferrari |
Fernando Alonso (Espanha) |
Kimi Raikkonen (Finlândia) |
McLaren |
Jenson Button (Grã-Bretanha) |
Kevin Magnussen (Dinamarca) |
Lotus |
Pastor Maldonado (Venezuela) |
Romain Grosjean (França) |
Mercedes |
Nico Rosberg (Alemanha) |
Lewis Hamilton (Grã-Bretanha) |
Sauber |
Esteban Gutiérrez (México) |
Adrian Sutil (Alemanha) |
Force India |
Nico Hulkenberg (Alemanha) |
Sérgio Pérez (México) |
Williams |
Felipe Massa (Brasil) |
Valtteri Bottas (Finlândia) |
Toro Rosso |
Daniil Kvyat (Rússia) |
Jean-Eric Vergne (França) |
Caterham |
Andre Lotterer (Alemanha) |
Marcus Ericsson (Suécia) |
Marussia |
Jules Bianchi (França) |
Max Chilton (Grâ-Bretanha) |
(Com agência EFE)
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