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Dunga descarta treinar seleções principal e olímpica simultaneamente

Treinador disse que seu trabalho já é ‘árduo’ na seleção principal. Mas também garantiu que respeita a ‘hierarquia’ da CBF

Depois do fracasso da seleção sub-20 no Sul-Americano do Uruguai, o que provocou mudanças na coordenação de base da CBF, o técnico Dunga descartou a possibilidade de trabalhar também com a seleção olímpica, paralelamente ao cargo que já possui de comandante da seleção principal. Alexandre Gallo vai permanecer na sub-20 e a princípio também tentará a inédita medalha de ouro nos Jogos de 2016. Mas não há garantia de sua permanência. A situação deve ser definida nas próximas semanas.

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Gallo está sem prestígio na CBF. Era o coordenador geral das seleções de base da entidade até o quarto lugar do Brasil no Sul-Americano sub-20, em janeiro. Ele esteve sob ameaça de demissão, assim que voltou ao país, e chegou a ser criticado publicamente pelo presidente da CBF, José Maria Marin.

Nesta segunda-feira, o coordenador geral das seleções da CBF, Gilmar Rinaldi, disse que Gallo é o técnico da sub-20 e da seleção olímpica, mas não pareceu ser convincente. Dunga, em entrevista na sede da CBF, depois de assinar contrato como garoto-propaganda com a Chevrolet até 2017, mesmo patrocinador da seleção até 2019, disse que seu trabalho já é “árduo” na seleção principal e que não seria justo se pronunciar sobre “se aceitaria ser técnico da olímpica”. Mas disse que respeita a “hierarquia” da CBF. O treinador também falou sobre outros assuntos, como falta de tempo para a preparação da seleção, violência nos estádios e contratações do futebol chinês.

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Pouco tempo — Dunga reclamou que a seleção brasileira terá pouco tempo de treinamento antes da Copa América, em junho, no Chile. De acordo com ele, serão apenas três dias antes da viagem, o que significa mais um obstáculo a mais na reestruturação da seleção.

“Vamos ter dois amistosos e só um dia para treinar em cada um. E quando chega a competição vemos que serão apenas três dias para trabalhar com os atletas.” No início de fevereiro, Dunga afirmou que teria uma semana na Granja Comary antes de ir ao Chile.

Violência – O treinador também comentou conflitos entre torcedores: “Uma pessoa que vai ao estádio com pedaço de pau ou pedra sabe que vai infringir alguma lei. Não adianta prender e no dia seguinte liberar. Precisamos focar na educação dos torcedores.”

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Futebol chinês – Segundo Dunga, a China passa por um momento semelhante ao que passou o Japão alguns anos atrás. “É muito parecido com o japonês, onde tive experiência em 1998. O futebol chinês voltou a investir em diversas escolas de futebol, levando jogadores e treinadores. Eles não têm a experiência e a malícia que os jogadores sul-americanos têm. Nunca se sabe o que pode acontecer dentro de campo, eles erram as coisas mais fáceis e acertam as mais difíceis. O desgaste mental e físico para um jogador é muito maior nesses países do que em um lugar onde todos sabem jogar.”

(Da redação)

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