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CPI do Futebol investiga Valcke por desvios de verba do Comitê Organizador da Copa de 2014

A investigação apontou disparidades nas transferências entre a Fifa e o COL relacionadas ao dinheiro investido para a criação e manutenção do comitê

Publicado por: Da Redação em 01/04/2016 às 11:35 - Atualizado em 29/09/2021 às 12:32
CPI do Futebol investiga Valcke por desvios de verba do Comitê Organizador da Copa de 2014
O ex-secretário geral da FIFA, Jérôme Valcke, durante coletiva de imprensa sobre a preparação da Copa de 2014, no Brasil

A CPI do Futebol investiga a participação do ex-secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, em um esquema de desvio milionário nas contas do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014, ocorrida no Brasil. A CPI apura informações de que o COL transferiu dinheiro para um paraíso fiscal e fez pagamentos milionários nos Estados Unidos, em contas não identificadas do banco Itaú, como devolução do financiamento da Fifa para a criação do comitê.

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Na Suíça, Valcke já é investigado por corrupção por supostamente ter participado de um esquema de enriquecimento ilícito com a venda de ingressos para a Copa de 2014, que teria gerado pelo menos 2 milhões de euros apenas para o bolso do dirigente. A revelação custou seu cargo na Fifa e, posteriormente, foi suspenso por 12 anos pela entidade máxima do futebol de qualquer atividade relacionada à modalidade. O COL foi criado com a função de organizar o Mundial e teve como seu presidente Ricardo Teixeira e José Maria Marin. Em uma última fase, a partir de abril de 2015, ela foi liderada por Marco Polo Del Nero.

Transferências suspeitas – Entre 2012 e 2015, a Fifa transferiu ao COL um total de 1 bilhão de reais para gastos com a Copa do Mundo. Ainda segundo o material preparado pela CPI a partir de dados do Banco Central, o COL recebeu entre 2009 e 2012 um empréstimo de cerca de 66,7 milhões de dólares da Fifa.

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O Comitê começou a devolver o empréstimo em 2013, mas 23,7 milhões de dólares foram destinados pelo COL, em quatro depósitos, para uma conta do Itaú nos Estados Unidos e não na Suíça como todos os demais. No registro do Banco Central, os depósitos apenas aparecem como “empréstimos direto”. O principal objetivo da investigação é saber quem é o beneficiário desta conta nos EUA.

As disparidades também foram encontradas em outros itens. O Balanço Patrimonial do COL oferecido pelo órgão no âmbito da CPI do Futebol demonstra que a Fifa repassou 55 milhões de reais para o comitê em 2012. Já a quebra de sigilo bancário do COL demonstra que, em 2012, foram três transações para o comitê, totalizando 105 milhões de reais. Há, portanto, uma diferença de 50 milhões de reais entre o que aponta o Balanço Patrimonial oferecido pelo COL e o que demonstra a quebra de sigilo informada pelo Banco Central.

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Em novos documentos obtidos pela CPI, alguns contratos assinados por Valcke estão sendo examinados para os investigadores apurarem se há legitimidade nas transferências de recursos e nos pagamentos. Outro dado que chamou atenção da CPI foi o valor de 1 bilhão repassado pela Fifa para o COL, sendo que quase 60% dessa quantia foi destinada para o pagamento de salários de dirigentes brasileiros como o CEO do COL e dos diretores, entre eles Joana Havelange, neta do ex-presidente da Fifa, João Havelange, e filha do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

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(Com Estadão Conteúdo)

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