Depois de sobreviver ao grupo da morte, nova meta dos centro-americanos é chegar à semifinal
A seleção de Costa Rica já fez história. Venceu os campeões mundiais Uruguai e Itália, eliminou a Inglaterra e os italianos logo na primeira fase e, depois de 24 anos, chegou novamente às oitavas de final, o mais longe que já chegaram numa Copa do Mundo. Mas os costa-riquenhos não pretendem parar por aí. Nas conversas na concentração, os jogadores dizem que a meta agora é jogar as sete partidas possíveis da competição – seja para disputar a decisão no Maracanã no dia 13 de julho ou a final de terceiro e quarto lugares, um dia antes.
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“Aprecio que meus jogadores estejam sonhando alto. Não há teto para um sonho. O primeiro passo para concretizá-lo será contra a Grécia. Vamos jogar da mesma forma como temos jogado: pra frente. Quem apenas se defende não chega a lugar algum”, disse o treinador Jorge Luis Pinto. De zebra, a Costa Rica já está sendo considerada favorita na partida deste domingo contra a Grécia, na Arena Pernambuco. Pinto, no entanto, não endossa esta visão. “Precisamos respeitar os gregos da mesma forma que respeitamos os uruguaios, italianos e ingleses. O Karagounis é brilhante”.
Do lado grego, embora o grupo da primeira fase não tenha nem de longe sido tão complicado quanto o da Costa Rica, Salpigidis, Samaras e companhia conseguiram um feito inédito ao levar a equipe pela primeira vez às oitavas-de-finais. Caso vença, o treinador português Fernando Santos viverá uma situação inusitada. O contrato dele com a federação grega expira no dia 30 de junho, antes da possível próxima partida. “Isso é normal porque junho é o mês em que a temporada europeia termina. Isso não nos atrapalha em nada. Se avançarmos na competição, há uma cláusula que diz que continuamos o trabalho normalmente”, diz o treinador, que já anunciou sua saída da seleção após a Copa.
Perguntado sobre a possível influência da superioridade numérica da torcida costa-riquenha e do apoio dos pernambucanos ao país centro-americano, Santos se mostrou bastante incomodado com a torcida brasileira. “Precisamos vencer a seleção da Costa Rica e não o público. Em todas as partidas que disputamos a torcida foi contrária. Não sei qual a razão de os brasileiros não gostarem da Grécia”, reclamou o português.